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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52411
PLANO DE INTERVENÇÃO PARA CONTROLE DAS FONTES DE COBALTO UTILIZADAS EM TELETERAPIA NO BRASIL
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Diretoria Regional de Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
A telecobaltoterapia é uma modalidade de radioterapia em que a radiação emitida pelo
isótopo Cobalto-60, armazenado em um equipamento de telecobaltoterapia, é usada como parte
de um tratamento para controlar células tumorais. Quanto maior a taxa de dose de radiação
absorvida que uma fonte radioativa consegue emitir, menor é o tempo necessário para se
administrar ao paciente a fração diária da dose de radiação prescrita pelo médico radioterapeuta.
Esse é um importante indicador da qualidade do tratamento, pois durante a sessão de radioterapia,
o paciente deve permanecer “imóvel” para garantir que o feixe de radiação irradie somente a área
previamente estabelecida. Quanto mais exaurida estiver a fonte – a qual decai naturalmente –,
maior a duração da sessão de radioterapia e maiores as chances de o paciente se movimentar e ter
tecidos sadios indesejadamente afetados pela radiação ionizante. A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no. 20/06, que
estabelece o regulamento técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia, visando a
defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral. A RDC
estabelece que fica vedada a utilização de fontes de Co-60 em unidades de teleterapia Gama com
taxa de dose absorvida inferior a 50 cGy/min, sendo que o prazo para que esse item entre em
vigor expirou em 02/02/2008. Este trabalho visa a realizar um censo nacional das fontes de
cobalto utilizadas em radioterapia e propor um sistema para intervenção e controle dessas fontes,
com foco na qualidade do tratamento oferecido aos pacientes. Estas informações podem subsidiar
as ações futuras do SNVS para o controle e monitoramento dos serviços de telecobaltoterapia e a
elaboração de políticas de atenção à saúde na área de radioterapia, uma vez que há uma forte
tendência nacional à substituição dos equipamentos de telecobaltoterapia por aceleradores
lineares. Para a implementação de um plano de intervenção como o proposto, é indispensável que
união, estados e municípios pactuem atividades, como exemplo, cada esfera de governo deveria
consolidar as informações da região sob sua jurisdição e encaminhar à esfera superior para
alimentar o sistema de controle e monitoramento das fontes. A autoridade sanitária federal
poderia elaborar indicadores de qualidade e de desempenho dos serviços de saúde e de vigilância
sanitária locais. Além disso, a autoridade sanitária federal pode subsidiar diretamente o
Ministério da Saúde na elaboração de políticas de saúde para a área de radioterapia, já que, com o
panorama nacional do estado das fontes utilizadas no tratamento oncológico, pode discutir ações
prioritárias para a melhora da qualidade e do acesso à terapia.
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