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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9738
AVALIAÇÃO DA IGG TOTAL ANTI-MCE1A COMO POTENCIAL BIOMARCADOR DA TUBERCULOSE ATIVA E LATENTE.
Oliveira, Carolina Cavalcante de | Date Issued:
2014
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil
Abstract in Portuguese
Introdução: A tuberculose (TB), doença crônica causada por Mycobacterium tuberculosis (Mtb), é uma das doenças infecciosas que mais acomete a população brasileira, com 2.832 óbitos em 2010. Na infecção causada pelo Mtb, a interação das células T com os macrófagos (MØs) infectados é fundamental na imunidade protetora contra o bacilo. A Mce1A é uma proteína da parede celular do Mtb que confere grande capacidade de aderência, invasão e sobrevivência em MØs. Contudo, a caracterização da proteína Mce1A pode fornecer um biomarcador para diagnóstico e monitoramento do tratamento. Nosso objetivo é avaliar a produção de IgG total anti-Mce1A em pacientes com TB e seus comunicantes domiciliares (CDTB). Material e métodos: Indivíduos diagnosticados com TB pulmonar e CDTB foram submetidos a coleta de sangue por punção venosa. O diagnóstico da TB foi baseado em quadro clínico e/ou radiografia sugestiva e/ou baciloscopia do escarro positiva. Nos CDTB, a infecção foi determinada a partir da reação do teste tuberculínico (TT) e avaliação radiográfica. Soro dos três grupos foi coletado e armazenado a -20ºC, até a determinação dos níveis de IgG total anti-Mce1A por meio de um ensaio imunoenzimático (ELISA). Resultados: Entre janeiro de 2012 e outubro de 2013 foram identificados 50 pacientes com TB pulmonar e 50 CDTB, dentre os quais 23 foram TT positivo e 27 foram TT negativo. A média de idade da população estudada foi de 37,8 anos (DP ± 20,4). O gênero masculino prevaleceu entre os pacientes com TB (68%), porém nos CDTB, o gênero feminino prevaleu (62%). A maioria dos indivíduos incluídos foram vacinados com BCG (71,4%). Cerca de 20% dos CDTB, TT negativo (18,5%) e TT positivo (20,8%), relataram que tiveram contato prévio com um doente com TB. Pacientes com TB tinham níveis de IgG anti-Mce1A (1,380±0,2950) estatisticamente maiores que indivíduos TT negativo (IgG anti-Mce1A: 1,049±0,2666). A diferença entre os grupos TT positivo (IgG anti-Mce1A 2.018±0.2807) e TT negativo (IgG anti-Mce1A: 1,049±0,2666) também foi estatisticamente diferente. Todos os grupos estudados tiverem diferença estatística na produção de anticorpos (p<0,0001). Não houve diferença estatística entre os pacientes com TB e indivíduos TT positivo (p>0,05). Conclusão: A produção de IgG total anti-Mce1A ocorreu em pacientes com TB e seus comunicantes domiciliares. Pacientes com TB e indivíduos TT positivo apresentam maior produção de anticorpos IgG total anti-Mce1A em comparação aos indivíduos TT negativo, sugerindo o potencial papel desta imunoglobulina como biomarcador de doença e de infecção tuberculosa.
Abstract
Introduction: Tuberculosis (TB), a chronic disease caused by Mycobacterium tuberculosis (Mtb), is an infectious disease that affects the Brazilian population, with 2,832 deaths in 2010. In Mtb infection, the interaction of T cells with infected macrophages (MØs) is critical in protective immunity against the bacillus. The Mce1A is a cell wall protein of Mtb which gives great adhesion characteristics, invasion and survival in MØs. However, the characterization of protein Mce1A can provide a biomarker for diagnosis and monitoring of treatment. Our goal is to evaluate the production of total IgG anti-Mce1A TB patients and their household contacts (HHC). Material and Methods: Individuals diagnosed with pulmonary TB and HHC were subjected to blood collection by venipuncture. The diagnosis of TB was based on clinical and/or suggestive radiography and/or positive sputum smear. In HHC, infection was determined from the reaction of the tuberculin skin test (TST) and radiographic evaluation. Three groups of serum was collected and stored at -20 ° C until determination of the levels of anti-Mce1A total IgG by an enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Results: Between January 2012 and October 2013, 50 patients were identified with pulmonary TB and 50 HHC, of which 23 were positive TST and 27 were negative TST. The average age of the study population was 37.8 years (SD ± 20.4). The males predominated among patients with TB (68%), but the HHC, the prevailed females (62%). Most individuals vaccinated with BCG were included (71.4%). About 20% of HHC, negative TST (18.5%) and positive TST (20.8%) reported that they had previous contact with a TB patient. TB patients had levels of IgG anti-Mce1A (1.380 ± 0.2950) statistically higher than individuals negative TST (anti-Mce1A IgG: 1.049 ± 0.2666). The difference between the positive TST groups (anti-Mce1A IgG 2.018 ± 0.2807) and negative TST (anti-Mce1A IgG: 0.2666 ± 1.049) was also statistically different. All groups had statistically difference in antibody production (p <0.0001). There was no statistical difference between patients with TB and positive TST individuals (p> 0.05). Conclusion: The production of anti-Mce1A total IgG occurred in TB patients and their household contacts. TB patients and TST positive individuals have a higher production of anti- Mce1A IgG antibodies overall compared to individuals negative TST, suggesting the potential role of immunoglobulin biomarker for TB disease and infection.
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