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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9633
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ArtigoDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
04 Educação de qualidade16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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CRÍTICA À PANACEIA PEDAGÓGICO-DESPORTIVA
Vilaça, Murilo Mariano | Data do documento:
2014
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Formação Geral na Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A ideia de que a prática desportiva é um eficaz instrumento para educar, incluir e transformar os jovens marginalizados, promovendo a paz, ordem e cidadania, tem sido reiterada constantemente. Educadores, mídia e a literatura científica sugestionam as pessoas a crerem em um “real poder” de transformá-los em “cidadãos de bem”. Neste artigo, desenvolvemos os seguintes objetivos: (1) identificar uma possível relação entre os valores concernentes ao conceito de capital social e os objetivos daquela prática no que concerne à juventude marginalizada; (2) refletir sobre a violência enquanto um conceito e um fenômeno político, problematizando a sua negativização absoluta; e (3) apontar os limites daquela ideia, salientando as suas imprecisões conceituais e criticando seus objetivos. Nossa conclusão é que tal ideia está envolvida por um discurso prenhe de imprecisões e serve de fundamento para uma tecnologia social de pacificação que não altera substantivamente as condições de vida da população-alvo.
Resumo em Inglês
The idea that sports are effectively useful for changing, including and changing the life of marginalized youth by promoting peace, order and citizenship has been constantly reiterated. Educators, the mass media and the scientific literature have suggested people to believe sports can successfully change them into “good citizens”. This article aims to: (1) identify a possible relation with the values concerning the idea of social capital and the objectives to be achieved concerning the marginalized youth; (2) think of violence as a concept and a political phenomenon by discussing that violence is not necessarily seen as something always negative; and (3) indicate the limits of that idea by explaining its misconceptions and criticizing its aims. We conclude that such idea is involved in a speech full of inaccuracies and it is basically a social technology for pacification which does not substantially modify the life of the marginalized youth.
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