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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9092
HIV E ENVELHECIMENTO ESTUDOS EM UMA COORTE DE PACIENTES VIVENDO COM HIV/AIDS NO RIO DE JANEIRO
HIV
Toxicidade
Envelhecimento
Terapia Antirretroviral de Alta Atividade
Estudos Transversais/estatística & dados numéricos
Torres, Thiago Silva | Data do documento:
2012
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
Introdução: A introdução da terapia antirretroviral potente (HAART) durante os anos 90 foi crucial para o declínio das taxas de mortalidade e mortes relacionadas a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), tornando a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) uma condição crônica. Conseqüentemente, a população vivendo com HIV/AIDS está se tornando mais velha. Ademais, novas infecções em pessoas 50 anos vêm crescendo. Objetivo: Avaliar o impacto do envelhecimento em uma coorte de pacientes vivendo com HIV/AIDS na cidade do Rio de Janeiro. Seções de revisão da literatura, metodologia, resultados e discussão foram descritas na forma de três artigos científicos. Primeiro Artigo: Realizar uma revisão prática na literatura sobre HIV e envelhecimento. Segundo Artigo: Descrever o pefil imunológico, clínico e de comorbidades da coorte, estratificando os pacientes de acordo com a idade em 2008. Para as variáveis quantitativas o teste não-paramétrico de Cuzick foi utilizado, enquanto que para as variáveis categóricas foi utilizado o teste nãoparamétrico de Cochran-Armitage para tendência. Para todos os testes foi considerado nível de significância de 5%. 2.307 pacientes foram incluídos; 1.023 (44,3%), 823 (35,7%), 352 (15,3%) e 109 (4,7%) dos pacientes tinham idade entre 18-39, 40-49, 50- 59 60 anos, respectivamente. Pacientes 40 anos apresentaram maior tendência a apresentar carga viral suprimida do que os mais jovens (18-39 anos) (p<0.001). Não foi observada diferença significativa no último exame de CD4 entre as faixas etárias, apesar dos pacientes 50 anos terem apresentado menor nadir de CD4 (p<0.020). Houve um aumento no número de comorbidades com a idade, e o mesmo perfil foi observado para a maioria das comorbidades, incluindo diabetes mellitus, dislipidemia, hipertensão, doenças cardiovasculares, disfunção erétil, HCV, disfunção renal e câncer não relacionado a aids (p<0.001)
Terceiro Artigo: Descrever a incidência de modificação ou descontinuação do primeiro esquema antirretroviral combinado (cART) provocado por toxicidade (TOX-MOD) durante o primeiro ano de tratamento estratificando por faixa etária. Taxa de incidência e intervalo de confiança (95% CI) de cada evento estratificado por faixa etária foram estimados usando o modelo quasipoisson. O modelo de Cox foi aplicado para estimar hazard ratio (HR) de TOX-MOD que ocorreram durante o primeiro ano de cART, sendo ajustado por sexo, classe de cART e ano de início de tratamento. Ao inciar cART, 957 (61,4%), 420(27,0%) e 181(11,6%) tinham idades entre <40, 40-49 e 50 anos, respectivamente; mediana de idade foi de 36 anos. 239 (15,3%) eventos que levaram a qualquer MOD durante o primeiro ano de cART foram observados; 228 (95,4%) destes eram relacionados a TOX-MOD, correspondendo em uma taxa de incidência de 16.6/100 pessoas-ano (95% CI: 14.6- 18.9); probabilidade de TOX-MOD em 1 ano foi 14,6% (228/1.558). O modelo multivariável indicou que a taxa de incidência de TOX-MOD durante o primeiro ano de cART aumenta progressivamente com a idade, apesar de não ser estatisticamente significativa. Conclusões: Os resultados encontrados neste trabalho podem ser úteis para um plano nacional de manejo de indivíduos com 50 anos ou mais vivendo com HIV/AIDS, tanto para os que estão envelhecendo com a infecção, quanto para os novos casos diagnosticados em pessoas que já estão nesta faixa etária
DeCS
ComorbidadeHIV
Toxicidade
Envelhecimento
Terapia Antirretroviral de Alta Atividade
Estudos Transversais/estatística & dados numéricos
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