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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA À OSTEOGENESIS IMPERFECTA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Cavalcanti, Nicolette Celani | Date Issued:
2013
Author
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: A Osteogenesis Imperfecta (OI) é uma condição genética que leva à
fragilidade óssea e acarreta importantes prejuízos funcionais aos pacientes. Seu
tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, conjugando tratamento
medicamentoso, de reabilitação e ortopédico. A fisioterapia é considerada
fundamental no tratamento integral desta enfermidade e na maximização das
capacidades funcionais desses indivíduos. Contudo, é desconhecido se esta
população está sendo contemplada pela rede de assistência fisioterapêutica do
Sistema Único de Saúde (SUS) do Município do Rio de Janeiro, e qual o tipo de
tratamento prestado. Objetivo: Descrever a assistência fisioterapêutica oferecida
no SUS do município do Rio de Janeiro a pacientes com OI acompanhados pelo
Centro de Referência em Tratamento da Osteogenesis Imperfecta do Instituto
Fernandes Figueira/ Fiocruz (CROI-IFF). Materiais e métodos: Trata-se de um
estudo descritivo e transversal, que utilizou dois questionários semi-estruturados
aplicados aos responsáveis por crianças com OI e a fisioterapeutas de instituições
com fisioterapia motora pediátrica. Trinta e um pacientes (31) preencheram todos
os critérios do estudo, além de sete (7) instituições com fisioterapia motora
pediátrica do SUS do município do Rio de Janeiro. Resultados: Houve
prevalência na amostra do sexo masculino (64,5%), com média de idade elevada
(64meses) e baixa renda familiar. O tipo de OI mais freqüente foi o III e quase a
metade da amostra (48,4%) não realizava fisioterapia. O motivo principal alegado
pelos responsáveis foi a falta de vaga nas instituições (33%), com procura em 3 a
5 instituições em 32,5% dos casos. Foi observado que as crianças mais novas
estavam menos inseridas no tratamento fisioterapêutico, e que a maioria delas
(64%) já havia perdido a vaga no tratamento. O motivo principal do desligamento
foi o excesso de faltas justificadas decorrentes das fraturas e cirurgias a que se
submetem. Nas instituições, as práticas fisioterapêuticas encontradas estavam de
acordo com a literatura, no entanto, foi encontrado alto índice (42,9%) de não
aceitação para o tratamento, e o maior empecilho relatado pelos profissionais para
a inserção destas crianças no tratamento foi a falta de capacitação para este
atendimento (66,7%). Os critérios para desligamento da vaga em 42,9% foi o
excesso de faltas justificadas. Conclusão: Foi encontrada baixa inserção no
tratamento fisioterapêutico e prática restritiva em parte das instituições
pesquisadas. Faz-se necessária a adequação dos serviços a fim de promover a
integralidade da assistência às crianças com OI, a melhora da qualidade de vida e
sua efetiva inclusão social.
Abstract
Introduction: Osteogenesis Imperfecta (OI) is a genetic disorder that leads to
bone fragility and involves significant functional impairment to the patients. Its
treatment requires a multidisciplinary approach, combining drug treatment,
rehabilitation and orthopedic surgeries. Physical therapy is considered essential in
the comprehensive treatment of this desease, aiming to maximize functional
abilities of these individuals. However, it is unknown whether this population is
being contemplated by the Brazilian public health system (SUS) network of
physical therapy in the city of Rio de Janeiro, and the kind of treatment provided.
Objective: To describe the physical therapy offered in SUS network in the city of
Rio de Janeiro to patients with OI followed at the Reference Center for
Osteogenesis Imperfecta treatment in Instituto Fernandes Figueira/ Fiocruz (CROIIFF).
Methods: A descriptive and cross-sectional study, which used two semistructured
questionnaires applied to parents of children with OI and to physical
therapists of rehabilitation services. Thirty-one patients (31) met all study criteria,
and seven (7) SUS services with pediatric physical therapy in the municipality of
Rio de Janeiro were included. Results: There was a prevalence in the sample of
males (64.5%), with OI type III (42.5%), elevated mean age (64months) and low
family income. Almost half of the sample (48.4%) were not under physical therapy
and the main reason was an absence of available and accessible physical therapy
providers lack of vacancy in the services (33%); families had tried to enroll patients
in 3-5 institutions in 32.5% of cases. It was observed that the younger children
were less embedded in physical therapy, and most of them (64%) were excluded
from treatment. The main reason for such exclusions was excessive justified
absences resulting from fractures and underlying surgeries. Among the institutions,
physical therapy practices were in agreement with the literature, however, a high
rate (42.9%) of non-acceptance for treatment has been found, and the largest
obstacle reported by professionals to insert these children in treatment was lack of
expertise for such service (66.7%). Conclusion: We found low participation in
physical therapy and restrictive practice in the surveyed institutions. It is necessary
to adequate services in order to promote comprehensive care for children with OI,
leading to improved quality of life and to effective social inclusion.
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