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GLOMERULOPATIA ESQUISTOSSOMÓTICA: COMPORTAMENTOS DAS ALTERAÇÕES EM CAMUNDONGOS INFECTADOS PELO SCHISTOSOMA MANSONI, ANTES E DEPOIS DO TRATAMENTO COM PRAZIQUANTEL
Almeida, Ana Flávia Gottscshall de | Fecha del documento:
2013
Director
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil
Resumen en portugues
A esquistossomose é um grave problema de saúde pública causado pelo helminto Schistosoma mansoni, sendo uma das endemias parasitárias de maior prevalência no Brasil. Apresenta diversas formas clínicas passíveis de serem reproduzidas em modelos experimentais. A lesão renal da glomerulopatia esquistossomótica está associada ao antígeno parasitário que, em consequência da presença de hipertensão portal e formação da circulação colateral, permitem que complexos imunes sejam depositados em glomérulos renais, desencadeando um processo inflamatório progressivo. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento das alterações renais em camundongos infectados pelo S. mansoni, antes e após o tratamento com praziquantel, a fim de observar a resposta à presença dos complexos imunes e ao processo inflamatório formado na glomerulopatia. Foram organizados 3 grupos de camundongos BALB/c de ambos os sexos: grupo controle intacto (10 animais), grupo de reinfectados tratados (35 animais) e grupo de reinfectados não tratados (35 animais). A avaliação da estrutura renal foi analisada através da microscopia óptica, observando a histologia glomerular com as colorações de HE, PAS e PIFG, através da imunofluorescência marcando IgG e antígeno de Nash, e da microscopia eletrônica de transmissão com emprego da morfometria para avaliar áreas de depósito de complexos imunes. Foram analisadas, também, a carga parasitária, o peso do fígado, a presença dos vermes nas veias mesentéricas e a estrutura física dos órgãos. Os resultados demonstraram significativa redução da carga parasitária, do peso do fígado, das alterações estruturais nas observações histológicas e dos depósitos de complexos imunes em área e marcação no tecido renal, após tratamento com praziquantel. O tratamento específico reverteu os processos iniciais de agressão renal na glomerulopatia do modelo experimental, embora em alguns poucos camundongos, após a quimioterapia, a doença se manteve. Os achados deste trabalho reforçam a possibilidade de que o estado normal de estrutura renal pode ser restabelecido com o tratamento antiparasitário, desde que ministrado logo que se instala a glomerulopatia esquistossomótica clínica.
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