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INVESTIGAÇÕES DAS ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES E MICROCIRCULATÓRIAS EM UM MODELO DE HIPERTIROIDISMO EXPERIMENTAL
Microcirculação
Rarefação capilar
Sistema nervoso simpático.
Sistema renina-angiotensina
Hormônios tireoidianos
Freitas, Felipe Santos Simões de | Data do documento:
2011
Autor(es)
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
Os sintomas cardiovasculares constituem uma das manifestações clínicas mais comuns e, por vezes, predominantes no hipertireoidismo. No entanto, os efeitos do hipertireoidismo sobre a microcirculação miocárdica e muscular esquelética são controversos neste modelo experimental. Objetivos: Foram investigadas a densidade capilar funcional (DCF) através de videomicroscopia intravital por epi-iluminação e fluorescência após a injeção intravenosa de fluoresceína-isotiocianato (FITC) – dextran e a densidade capilar estrutural (DCE) no ventrículo esquerdo através de análise histoquímica com uma lectina de Griffonia simplicifolia (GSI) conjugada a FITC, assim como os efeitos dos tratamentos crônicos ou com um bloqueador dos canais de cálcio (diltiazem), ou com um antagonista dos receptores AT1 (losartan), ou com um β-bloqueador não-seletivo (propranolol) sobre a hipertrofia cardíaca e densidade capilar estrutural miocárdica em ratos hipertireóideos. Métodos: Um grupo de animais foi submetido à injeção intraperitoneal de L-tiroxina (600μg/kg/dia) durante 14 e 35 dias. Em uma segunda etapa no 14° dia os animais que receberam tiroxina foram divididos em 4 grupos experimentais. A partir dessa divisão, além da continuação da administração de tiroxina, os diferentes grupos de animais receberam ou salina, ou losartan, ou diltiazem ou propranolol por via oral durante 21 dias, totalizando 35 dias. Apósıoıtérminoıdoıtratamentoıavaliou-seı aıdensidade capilar funcionalı atravésı deımicroscopia intravitalı porı epi-iluminação comı fluorescência, e aıdensidadeı capiları estruturalı atravésı deı histoquímica. Resultados: A administração por 14 dias de tiroxina induziu a hipertrofia e fibrose cardíaca, rarefação capilar funcional muscular e rarefação capilar estrutural miocárdica, assim como uma diminuição na expressão dos receptores AT1 cardíacos no hipertireoidismo. Os tratamentos crônicos ou com o losartan, ou com o diltiazem, ou com o propranolol, foram capazes de reverter à hipertrofia e remodelamento cardíaco, além da rarefação microvascular presente no VE de ratos hipertireóideos. Conclusões: O modelo de hipertireoidismo experimental produziu uma série de alterações cardiovasculares, como taquicardia, hipertensão arterial, hipertrofia e fibrose cardíaca, e alterações microcirculatórias musculares esqueléticas e cardíacas. Além da abordagem terapêutica antitireoidiana convencional, deve ser considerado a terapia adjuvante com bloqueadores dos canais de Ca2+, além de antagonistas dos receptores β-adrenérgicos, e antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II, no hipertireoidismo.
Resumo em Inglês
Os sintomas cardiovasculares constituem uma das manifestações clínicas mais comuns e, por vezes, predominantes no hipertireoidismo. No entanto, os efeitos do hipertireoidismo sobre a microcirculação miocárdica e muscular esquelética são controversos neste modelo experimental. Objetivos: Foram investigadas a densidade capilar funcional (DCF) através de videomicroscopia intravital por epi-iluminação e fluorescência após a injeção intravenosa de fluoresceína-isotiocianato (FITC) – dextran e a densidade capilar estrutural (DCE) no ventrículo esquerdo através de análise histoquímica com uma lectina de Griffonia simplicifolia (GSI) conjugada a FITC, assim como os efeitos dos tratamentos crônicos ou com um bloqueador dos canais de cálcio (diltiazem), ou com um antagonista dos receptores AT1 (losartan), ou com um β-bloqueador não-seletivo (propranolol) sobre a hipertrofia cardíaca e densidade capilar estrutural miocárdica em ratos hipertireóideos. Métodos: Um grupo de animais foi submetido à injeção intraperitoneal de L-tiroxina (600μg/kg/dia) durante 14 e 35 dias. Em uma segunda etapa no 14° dia os animais que receberam tiroxina foram divididos em 4 grupos experimentais. A partir dessa divisão, além da continuação da administração de tiroxina, os diferentes grupos de animais receberam ou salina, ou losartan, ou diltiazem ou propranolol por via oral durante 21 dias, totalizando 35 dias. Apósıoıtérminoıdoıtratamentoıavaliou-seı aıdensidade capilar funcionalı atravésı deımicroscopia intravitalı porı epi-iluminação comı fluorescência, e aıdensidadeı capiları estruturalı atravésı deı histoquímica. Resultados: A administração por 14 dias de tiroxina induziu a hipertrofia e fibrose cardíaca, rarefação capilar funcional muscular e rarefação capilar estrutural miocárdica, assim como uma diminuição na expressão dos receptores AT1 cardíacos no hipertireoidismo. Os tratamentos crônicos ou com o losartan, ou com o diltiazem, ou com o propranolol, foram capazes de reverter à hipertrofia e remodelamento cardíaco, além da rarefação microvascular presente no VE de ratos hipertireóideos. Conclusões: O modelo de hipertireoidismo experimental produziu uma série de alterações cardiovasculares, como taquicardia, hipertensão arterial, hipertrofia e fibrose cardíaca, e alterações microcirculatórias musculares esqueléticas e cardíacas. Além da abordagem terapêutica antitireoidiana convencional, deve ser considerado a terapia adjuvante com bloqueadores dos canais de Ca2+, além de antagonistas dos receptores β-adrenérgicos, e antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II, no hipertireoidismo.
Palavras-chave
HipertiroidismoMicrocirculação
Rarefação capilar
Sistema nervoso simpático.
Sistema renina-angiotensina
Hormônios tireoidianos
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