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JORNADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E UTILIZAÇÃO DE SOLUÇÕES DIGITAIS POR GESTANTES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
Mesquita, Cristiane Mourão Carvalhedo | Data do documento:
2022
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz Ceará, Mestrado Profissional em Mestrado Profissional em Saúde da Família, da Rede Nordeste de Formação em Saúde (RENASF)
Resumo
INTRODUÇÃO: O atendimento de clientes por aplicativos com chatbots, já é uma
realidade e se torna cada dia mais comum nos cuidados de saúde à distância. No
período de pandemia, a utilização de aplicativos via smartphones se tornou ainda mais
predominante. Todavia, é necessário construir aplicativos com base em informações
científicas, especialmente para gestantes, dado que constituem grupo de risco para a
COVID-19. OBJETIVO: O presente estudo teve o objetivo de caracterizar a jornada
na atenção primária à saúde, as necessidades de informação, o acesso e a utilização
de soluções digitais por gestantes para embasar o desenvolvimento do protótipo do
GISSA Intelligent Bot no contexto da pandemia de COVID-19, um agente
conversacional para orientar no autocuidado e promoção da saúde, necessário no
contexto da pandemia do COVID-19. MÉTODO: Trata-se de pesquisa transversal, de
metodologia mista, desenvolvida em duas etapas. Na primeira etapa realizou-se a
análise do perfil sociodemográfico, jornada nos serviços de saúde, informação em
saúde e digital de gestantes da Região de Saúde de Sobral do Estado do Ceará, com
abordagem exploratória e descritiva. O cálculo da amostra não probabilística foi
realizado por meio de calculadora amostral virtual que revelou o tamanho amostral de
241 gestantes. Para seleção da amostra foram incluídas as mulheres com documento
comprobatório de gestação (caderneta da gestante ou teste comprobatório), maiores
de 18 anos, residentes na Região de Saúde de Sobral, usuárias de Centros de Saúde
da Família ou serviços ambulatoriais especializados selecionados para coleta de
dados. Foram excluídas as gestantes com dificuldades para compreender o formulário
eletrônico, composto por 42 questões. A segunda etapa foi a construção de cenários
de diálogos conversacionais para desenvolvimento do protótipo GISSA Intelligent Bot
para gestantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Escola de Saúde
Pública do Ceará (4.550.646/2021). RESULTADOS: Houve a participação de 247
gestantes. A idade média foi de 29,5 (±6,16) anos, com valor mínimo de 18 anos e
máximo de 46 anos. Quanto ao grau de escolaridade das participantes, a maioria
possuía ensino médio (49,0%). Identificou-se que 46,9% tinham como fonte de busca
de informação à internet; 19,2% a equipe da Estratégia Saúde da Família; 18,7% a
televisão; 13,1% o Google; e, 3,7%, as redes sociais. Em sua maioria, as mulheres
relataram boa comunicação com as equipes de saúde da família, em especial com os
enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde. As gestantes relataram que
conseguem se comunicar com os profissionais via redes sociais, em especial
Whatsapp. Porém, para maioria, o acesso a marcação de consultas só acontece
quando vão presencialmente na Unidade Básica de Saúde, salvo quando o agente
comunitário de saúde faz a marcação. Quanto ao acesso e a utilização da internet e
de soluções digitais, a maioria das gestantes possui wi-fi em casa, tendo o aparelho
celular como o principal equipamento de acesso às redes sociais. Outro achado
importante é que as gestantes buscam informações sobre a gravidez na internet com
muita frequência, porém a maioria delas não confia nos resultados. CONCLUSÃO: O
estudo permitiu a identificação da jornada na atenção primária à saúde, o acesso e a
utilização da internet e de soluções digitais, além dos cinco assuntos de maior
interesse sobre a gestação apontados pelas participantes, que irão subsidiar a
construção de um chatbot direcionado as gestantes no contexto da COVID-19, que
também poderá ser utilizado pelos profissionais de saúde, em especial pelos agentes
comunitários de saúde, como material educativo.
Resumo em Inglês
INTRODUCTION: Customer service through applications with chatbots is already a
reality and is becoming more and more common in remote health care. During the
pandemic period, the use of applications via smartphones has become even more
prevalent. However, it is necessary to build applications based on scientific
information, especially for pregnant women, as they constitute a risk group for COVID-
19. OBJECTIVE: The present study aimed to characterize the journey in primary
health care, the information needs, access, and use of digital solutions by pregnant
women to support the development of the GISSA Intelligent Bot prototype in the
context of the COVID-19 pandemic. 19, a conversational agent to guide self-care and
health promotion, necessary in the context of the COVID-19 pandemic. METHOD: This
is a cross-sectional study, with a mixed methodology, developed in two stages. In the
first stage, the analysis of the sociodemographic profile, journey in health services, and
health and digital information of pregnant women in the Health Region of Sobral in the
State of Ceará was carried out, with an exploratory and descriptive approach. The
calculation of the non-probabilistic sample was performed using a virtual sample
calculator that revealed the sample size of 241 pregnant women. For sample selection,
women with a document proving pregnancy (pregnancy booklet or supporting test),
over 18 years of age, residing in the Sobral Health Region, and users of Family Health
Centers, or specialized outpatient services selected for collection of pregnancy were
included. Dice. Pregnant women with difficulties understanding the electronic form,
consisting of 42 questions, were excluded. The second stage was the construction of
conversational dialogue scenarios for the development of the GISSA Intelligent Bot
prototype for pregnant women. The research was approved by the Ethics Committee
of the School of Public Health of Ceará (4,550,646/2021). RESULTS: There was the
participation of 247 pregnant women. The mean age was 29.5 (±6.16) years, with a
minimum of 18 years and a maximum of 46 years. As for the level of education of the
participants, most had high school (49.0%). It was identified that 46.9% had the internet
as a source of information search; 19.2% the Family Health Strategy team; 18.7%
television; 13.1% Google; and, 3.7%, social networks. Most women reported good
communication with the family health teams, especially with nurses, doctors, and
community health agents. Pregnant women reported that they are able to
communicate with professionals via social networks, especially WhatsApp. However,
for the majority, access to appointment appointments only happens when they go to
the Basic Health Unit in person, except when the community health agent makes the
appointment. As for accessing and using the internet and digital solutions, most
pregnant women have Wi-Fi at home, with cell phones as the primary device for
accessing social networks. Another important finding is that pregnant women seek
information about pregnancy on the internet very often, but most of them do not trust
the results. CONCLUSION: The study allowed the identification of the journey in
primary health care, access and use of the internet, and digital solutions, in addition to
the five subjects of greatest interest about pregnancy pointed out by the participants,
which will support the construction of a targeted chatbot pregnant women in the context
of COVID-19, which can also be used by health professionals, in particular by
community health agents, as educational material.
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