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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62943
Tipo de documento
TCCDireito Autoral
Acesso aberto
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AUTOCUIDADO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE HOSPITALIZADO: ITINERÁRIOS PARA O PROTAGONISMO
Hospitalização
Cuidadores
Condições crônicas complexas de saúde
Criança
Adolescente
Hospitalization
Caregivers
Chronic and Complex Health Conditions
Child
Adolescent
Bento, Higor Jose de Alvarenga | Data do documento:
2024
Autor(es)
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Introdução: A hospitalização infantil pode ser uma experiência adversa e estressante, marcada pela ruptura da rotina, adaptação a normas institucionais e monitoramento excessivo. Restrições ao leito, normas de controle de infecção e procedimentos invasivos limitam atividades cotidianas, destacando-se o autocuidado. Condições clínicas, especialmente em casos crônicos, agravam aspectos físicos, mentais e psicossociais, requerendo tecnologias de suporte à vida. Essas barreiras afetam não apenas a criança, mas também sua rede de suporte, ampliando o impacto da hospitalização. O entendimento dessas complexidades é crucial para melhorar o cuidado e promover o bem-estar durante o período hospitalar. Objetivo: Compreender as percepções dos cuidadores de crianças e adolescentes hospitalizados, quanto ao desempenho de atividades de autocuidado durante a hospitalização. Método: Este é um estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa, empregando entrevistas semi-estruturadas e mapas corporais narrados como instrumentos de coleta. O campo de estudo foi uma Unidade de Internação Pediátrica (UPI) em um Instituto Nacional no Rio de Janeiro, pertencente à Área de Atenção Clínica à Criança e ao Adolescente. A seleção dos participantes ocorreu por busca ativa, seguindo critérios de elegibilidade: ser o responsável legal e cuidador de criança ou adolescente, com idades entre 4 e 17 anos, portador de condição crônica e complexa de saúde e internado na UPI durante a pesquisa. Resultados: Participaram do estudo 5 pessoas, todas do gênero feminino, com idades variadas entre 20 a 40 anos. As categorias de análise foram divididas em: 1 - autocuidado apoiado (Adaptação e reorganização da rotina e do cuidado e conscientização do processo de adoecimento e empoderamento para o autocuidado); 2 - autonomia e independência (Jornada para a autonomia infantil e comunicação positiva); 3 - capacitismo (Desafios sociocomunicativos e estigmatização); 4 - condições crônicas complexas (Impactos e aspectos psicossociais do diagnóstico e comunicação e comportamentos);5 - hospitalização (hospital assumindo dupla função: facilitador e barreira e perspectivas sobre a natureza de internação) e 6 - cuidadores e rede de suporte (Suporte ampliado e redes sociais e desafios e estratégias para o cuidado. Considerações finais: A hipótese inicial do estudo de que a hospitalização se apresentava como barreira para ações de autocuidado não foi corroborada, pois a hospitalização foi percebida pelas participantes como um facilitador, indicando excelência no processo de cuidado. Realizado em uma enfermaria com perfil assistencial majoritário de condições crônicas, o cuidado compartilhado fortalece a educação em saúde e a autonomia. Recomenda-se mais pesquisas para corroborar mudanças nos protocolos assistenciais, visando a reavaliação de paradigmas no cuidado hospitalar, com ênfase na população do estudo. Apesar dos limites do estudo, os resultados alinham-se com a literatura nacional e internacional, promovendo o reconhecimento de crianças como indivíduos capazes de construir autonomia e independência.
Resumo em Inglês
Introduction: Pediatric hospitalization can be an adverse and stressful experience, characterized by routine disruption, adaptation to institutional norms, and excessive monitoring. Bed restrictions, infection control rules, and invasive procedures limit daily activities, with self-care standing out. Clinical conditions, especially in chronic cases, exacerbate physical, mental, and psychosocial aspects, necessitating life-support technologies. These barriers affect not only the child but also their support network, magnifying the impact of hospitalization. Understanding these complexities is crucial for improving care and promoting well-being during the hospital stay. Objective: To comprehend caregivers' perceptions of self-care activities among hospitalized children and adolescents. Method: This is a descriptive, exploratory study using a qualitative approach, employing semi-structured interviews and narrated body maps as data collection instruments. The study was conducted at a Pediatric Inpatient Unit (PIU) in a National Institutel in Rio de Janeiro, belonging to the Child and Adolescent Clinical Care Area, situated on the fourth floor. Participant selection (totaling 5) was conducted through active search, following eligibility criteria: being the legal guardian and caregiver of a child or adolescent, aged between 4 and 17 years, with chronic and complex health conditions, and hospitalized in the PIU during the study. Results: Five female participants, aged between 20 and 40, took part in the study. Analytical categories were divided into supported self-care (Adaptation and reorganization of routines and care and awareness of the illness process and empowerment for self-care), autonomy and independence (Journey to childhood autonomy and positive communication), ableism (Sociocommunicative challenges and stigma), chronic and complex conditions (Impacts and psychosocial aspects of diagnosis and communication and behaviors), hospitalization (Hospital assuming a dual role: facilitator and barrier and perspectives on the nature of hospitalization), and caregivers and support network (Expanded support and social networks and challenges and strategies for care). Conclusion: Study results contradict the initial hypothesis; hospitalization was perceived by participants as a facilitator, indicating excellence in care. Conducted in a ward primarily serving chronic conditions, shared care strengthens health education and autonomy. Further research is recommended to validate changes in care protocols, focusing on the study population. Despite study limitations, results align with national and international literature, fostering the recognition of children as individuals capable of building autonomy and independence.
Palavras-chave
AutocuidadoHospitalização
Cuidadores
Condições crônicas complexas de saúde
Criança
Adolescente
Palavras-chave em inglês
Self-CareHospitalization
Caregivers
Chronic and Complex Health Conditions
Child
Adolescent
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