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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62917
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TCCDireito Autoral
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PERSPECTIVAS DOS CUIDADORES QUANTO AOS HÁBITOS DE SONO DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS EM UM AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE ALTO RISCO
Silva Junior, Jose Valdir Nogueira da | Data do documento:
2024
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Introdução: O sono é um fator essencial para a vida humana e pode sofrer interferência dos hábitos e rotinas. Além disso, distúrbios do sono são frequentes na população pediátrica e pouco são percebidos pelos cuidadores de crianças. Objetivos: Descrever a perspectiva dos cuidadores quanto às rotinas e hábitos de sono das crianças. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, exploratório, descritivo e analítico de natureza quantitativa, com amostra de conveniência. A amostra foi constituída por responsáveis/cuidadores com idade acima de 18 anos, de crianças de 3 a 10 anos de idade, que eram acompanhadas em um ambulatório de seguimento de alto risco de um hospital terciário. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista para levantamento de dados, para a identificação sociodemográfica e caracterização da amostra, além de perguntas referentes a barreiras e facilitadores do sono na rotina da criança, seguida da aplicação da Escala de Distúrbios de Sono em Crianças. Resultados: Participaram deste estudo 29 cuidadores que responderam sobre 35 crianças. Constatou-se que 68,57% das crianças apresentaram alterações no sono, evidenciando pelo menos um distúrbio do sono. Entre os cuidadores, 60% notaram alguma alteração do sono da criança, 54,29% não demonstraram preocupação com essa alteração do sono da criança e 51,43% relataram ter comunicado ao médico sua observação. Inclusive, os cuidadores acreditam haver uma conexão entre o ambiente (85,71%), a rotina (82,86%) e os hábitos (68,57%) como elementos que influenciam o sono das crianças. No que diz respeito às perspectivas dos cuidadores sobre os fatores facilitadores e barreiras do sono, observou-se que 62,85% das crianças praticam atividades esportivas, 57,14% tiram cochilos, 85,71% realizam refeições antes de dormir, 25,71% consomem bebidas estimulantes antes de deitar, 71,42% se envolvem em atividades agitadas antes de dormir, 34,28% dormem em ambientes iluminados, 94,28% dormem em ambientes silenciosos, 97,14% dormem em ambientes com temperatura agradável, 57,14% assistem telas antes de dormir, 65,71% dormem com algum objeto e 91,42% compartilham a cama com alguém. Considerações finais: O presente estudo destaca os hábitos e rotinas de crianças acompanhadas em um ambulatório de seguimento de alto risco, e suas influências no sono sob a perspectiva dos cuidadores. Mais da metade dos cuidadores (60%) observaram alterações no padrão de sono da criança e comunicaram suas observações aos médicos. Desta forma, sugere-se a monitorização do sono, com estratégias direcionadas especialmente aos cuidadores/responsáveis e às crianças, ressaltando a relevância não só da quantidade, mas também da qualidade do sono e os hábitos e rotinas que ao sono antecedem-se.
Resumo em Inglês
Introduction: Sleep is an essential factor for human life and can be influenced by habits and routines. Moreover, sleep disorders are frequent in the pediatric population and are often unnoticed by caregivers of children. Objectives: To describe caregivers' perspectives on the sleep routines and habits of children. Methods: This is a cross-sectional, exploratory, descriptive, and analytical study of a quantitative nature, with a convenience sample. The sample consisted of caregivers over 18 years old, of children aged 3 to 10 years old, who were followed in a high-risk outpatient clinic of a tertiary hospital. Data collection was carried out through interviews for sociodemographic identification and sample characterization, as well as questions regarding barriers and facilitators of sleep in the child's routine, followed by the application of the Children's Sleep Disturbance Scale. Results: 29 caregivers participated in this study and provided information about 35 children. It was found that 68.57% of the children had sleep alterations, evidencing at least one sleep disorder. Among the caregivers, 60% noticed some alteration in the child's sleep, 54.29% did not express concern about this alteration, and 51.43% reported having communicated their observation to the doctor. Moreover, caregivers believe there is a connection between the environment (85.71%), routine (82.86%), and habits (68.57%) as elements that influence children's sleep. Regarding caregivers' perspectives on sleep facilitators and barriers, it was observed that 62.85% of the children engage in sports activities, 57.14% take naps, 85.71% have meals before bedtime, 25.71% consume stimulating drinks before bedtime, 71.42% engage in restless activities before bedtime, 34.28% sleep in illuminated environments, 94.28% sleep in quiet environments, 97.14% sleep in environments with a pleasant temperature, 57.14% watch screens before bedtime, 65.71% sleep with an object, and 91.42% share the bed with someone. Conclusion: This study highlights the habits and routines of children followed in a high-risk outpatient clinic and their influences on sleep from the caregivers' perspective. More than half of the caregivers (60%) observed alterations in the child's sleep pattern and reported their observations to the doctors. Thus, monitoring sleep is suggested, with strategies aimed especially at caregivers/responsible parties and children, emphasizing not only the quantity but also the quality of sleep, as well as the habits and routines that precede sleep.
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