Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/62596
Tipo de documento
DissertaçãoDireito Autoral
Acesso aberto
Coleções
Metadata
Mostrar registro completo
LEVEDURAS DE INTERESSE DA SAÚDE PÚBLICA DA COLEÇÃO CFAM ILMD/ FIOCRUZ AMAZÔNIA: SENSIBILIDADE A ANIDULAFUNGINA, RESISTÊNCIA A FAGOCITOSE E FORMAÇÃO DE BIOFILME.
Gomes, Bruna Santana | Data do documento:
2023
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas & Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.
Resumo
Fungos na cavidade oral estão geralmente presentes no ser humano na forma comensal, mas podem vir a estabelecer uma infecção. Sabe-se que não depende somente das condições de saúde do paciente, mas que as leveduras participam ativamente desse processo através de mecanismos que são chamados de fatores de virulência. Neste estudo leveduras pertencentes a Coleção CFAM ILMD/Fiocruz Amazônia provenientes da cavidade oral, foram caracterizadas quanto à formação de biofilme, a susceptibilidade à anidulafungina e resistência à fagocitose. Para a avaliação do biofilme, células foram inoculadas (1 alçada de 10uL) em um tubo Falcon contendo 10mL de caldo Sabouraud com glicose a 8% e incubados a 35°C durante 24h. As suspensões foram vertidas, lavadas e coradas com solução a 1% de safranina e então examinados e classificados como negativo (N), positivo forte (PFo), positivo moderado (PM) e positivo fraco (Pfr). Para o teste de susceptibilidade à anidulafungina, foi utilizado Etest seguindo as recomendações do fabricante. Foram testadas 37 leveduras sendo 15 C. glabrata, 7 C. parapsilosis, 4 C. tropicalis, 3 C. albicans e 1 C metapsilosis; além de 3 Kodamaea ohmeri, 2 Meyerozyma
guilliermondii, 1 Meyerozyma caribbica e 1 Saccharomyces cerevisiae. Para o teste de resistência à fagocitose foram utilizadas células THP-1 ativadas (macrófagos) e as 10 cepas que mais se destacaram na formação do biofilme e na falta de sensibilidade ao antifúngico. Houve formação de biofilme por todas as cepas, sendo a C. tropicalis (4/4) e K. ohmeri (3/3) as mais expressivas com todas suas cepas apresentando resultado PFo. A C. glabrata apresentou 6/15 PFo e C. parapsilosis apresentou 5/7 cepas PFo. A espécie M. guilliermondii apresentou 1/2 cepa PFo. A maioria das leveduras foram sensíveis ao antifúngico com MICs ≤ 2 µg/mL, com exceção de 3 cepas: 1 C. parapsilosis, 1 M. guilliermondii e 1 K. ohmeri. As cepas de K. ohmeri também apresentaram as menores médias de células fagocitadas e estatisticamente apresentaram uma resistência à fagocitose semelhante as cepas de espécies comumente envolvidas em fungemia. Apesar da anidulafungina ser um antifúngico de última geração os resultados mostraram cepas com falta de sensibilidade, dessa forma indicando que há a necessidade de avaliação dos antifúngicos para ter a melhor estratégia de tratamento. Portanto, as cepas estudadas são fungos oportunistas que apresentam características de virulência com potencial para a colonização de dispositivos invasivos e merecem atenção, especialmente as cepas de espécies de leveduras consideradas emergentes.
Resumo em Inglês
Fungi in the oral cavity are usually present in humans in the commensal form, however they can come to establish an infection. It is known that it does not depend only on the
patient's health conditions, but that yeasts actively participate in this process through mechanisms which are called virulence factors. In this study, yeasts from the oral cavity, which belong to the Collection CFAM ILMD/Fiocruz Amazônia, were characterized in terms of biofilm formation, susceptibility to anidulafungin and resistance to phagocytosis. For the biofilm evaluation, cells were inoculated (1 loop of 10uL) in a Falcon tube containing 10mL of Sabouraud broth with 8% glucose and incubated at 35°C for 24h. The suspensions were poured, washed and stained with 1% safranin solution and then examined and classified as negative (N), strong positive (PFo), moderate positive (PM) and weak positive (Pfr). In order to test the anidulafungin susceptibility, Etest was used following the producer's recommendations. 37 yeasts were tested, being 15 C. glabrata, 7 C. parapsilosis, 4 C. tropicalis, 3 C. albicans, 1 C. metapsilosis; 3 Kodamaea ohmeri, 2 Meyerozyma guilliermondii, 1 Meyerozyma caribbica and 1 Saccharomyces cerevisiae. For the phagocytosis resistance test, activated THP-1 cells (macrophages) and the 10 strains that stood out the most in the biofilm formation and in lack of sensitivity to the antifungal were used. There was biofilm formation by all strains, with C. tropicalis and K. ohmeri being the most expressive, where all of their strains presented a PFo result. Each of the C. glabrata presented 6 PFo strains and C. parapsilosis presented 5 PFo strains. The M. guilliermondii species presented 1 PFo strain. Most yeasts were sensitive to the antifungal with MICs ≤ 2 µg/mL, except for 3 strains: 1 C. parapsilosis, 1 M. guilliermondii and 1 K. ohmeri. The K. ohmeri strains showed the lowest averages of phagocytized cells and statistically showed a resistance to phagocytosis similar to strains of species commonly involved in fungemia. Although anidulafungin is the first line therapeutic antifungal option, the results have shown strains with a lack of sensitivity, thus indicating that there is the necessity to evaluate the antifungal agents in order to have the best treatment strategy. Therefore, the studied strains are opportunistic fungi that present virulence characteristics with potential for colonization of invasive devices and deserve attention, especially the strains of yeast species considered emergent.
Compartilhar