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PRODUÇÃO DE XILANASE DE THERMOASCUS AURANTIACUS EM MEIO SEMI-SÓLIDO
Souza, Marta Cristina de Oliveira | Data do documento:
1998
Autor(es)
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
No presente trabalho estudou-se a produção de xilanase pelo fungo
T. aurantiacus através da tecnologia da fermentação semi-sólida. Na primeira
etapa desse estudo foram definidas algumas condições de cultivo e extração da
xilanase. F are!o de trigo e bagaço de cana-de-açúcar foram utilizados como
substratos, e na concentração de 32% (p/v) induziram os melhores níveis de
atividade, 954U/g e 1012U/g, respectivamente. A granulometria e a massa de
substrato afetaram a produção de xilanase, porém o teor de proteína das
culturas não se modificou, mesmo após adição de extrato de levedura (0,32%)
ou glicose (O, 1%) aos meios. Sucessivas extrações da enzima mostraram que
três lavagens foram suficientes para recuperar 90% da atividade de xilanase
produzida. Um aumento na temperatura de extração, de 25 para 50°C não
favoreceu a extração da enzima. Bagaço de cana-de-açúcar e farelo de trigo
induziram níveis semelhantes de atividade de xilanase, porém o bagaço de
cana-de-açúcar foi escolhido para a continuidade desse trabalho devido ao seu
baixo conteúdo protéico.
Na etapa seguinte, foi realizada uma triagem das variáveis
importantes para o processo de produção de xilanase de T.aurantiacus em
meio semi-sólido, utilizando frascos Erlenmeyer. Foram utilizados conceitos de
estatística multivariada, com a aplicação da técnica do planejamento fatorial
fracionado e completo e estudados os efeitos das variáveis: umidade inicial do
meio, concentração de inóculo, massa de substrato e tempo de cultivo. A
umidade inicial do meio e a massa de substrato foram as variáveis que mais
influenciaram na produção de atividade de xilanase em meio semi-sólido. Em
seguida, foi feita a quantificação dos níveis das variáveis significativas mediante
o emprego da metodologia da superfície de resposta, que resultou em um
modelo matemático com 95% de confiança.
As melhores condições de produção de atividade de xilanase foram
17g secas de bagaço de cana-de-açúcar, inoculados com 104 ascosporos/g de
substrato e 81 % de umidade inicial, incubados durante 1 O dias, em Erlenmeyer
de 300 mL, em condições estáticas a 45°C.
A partir da condição otimizada, foram realizados novos ensaios para
contrução de curvas de produção da enzima em Erlenmeyer e em um reator de
leito fixo. O perfil cinético destas curvas mostrou que, em Erlenmeyer, a
máxima atividade de xilanase (2880 U/g) foi 2,5 vezes o valor obtido quando foi
empregado o reator de leito fixo (1150 U/g). Também em termos de
produtividade de xilanase, o melhor resultado obtido em Erlenmeyer foi 2,3
vezes maior que a máxima produtividade em reator de leito fixo.
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