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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60565
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CORRELAÇÃO ENTRE DESFECHOS CLÍNICOS DA COVID-19 E A GENOTIPAGEM DO SARS-COV-2 NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ENTRE JANEIRO E ABRIL DE 2021
Menezes, André Luiz de | Data do documento:
2023
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brazil.
Resumo
Introdução: A identificação do SARS-CoV-2 em dezembro de 2019 e a pandemia da COVID-19, que mudou todo o panorama de saúde mundial, impôs a necessidade da busca de ferramentas de diagnóstico para a doença, bem como instrumentos de vigilância epidemiológica e genômica no sentido de compreender a dinâmica da doença e buscar melhores propostas de controle e tratamento para doença. Objetivos: Analisar a prevalência dos genótipos de SARS CoV-2, no município de Belo Horizonte e correlacioná-los ao perfil clínico de gravidade da COVID-19 e seus desfechos de saúde no período de janeiro/2021 a abril de 2021, quando se observa a mudança dos padrões epidemiológicos da doença, associada às declarações mundiais de surgimento de novas variantes de preocupação. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional analítico e retrospectivo que analisou 388 amostras positivas para SARS-CoV-2, processadas no Laboratório de Biologia Molecular próprio da Secretaria Municipal de Belo Horizonte, referentes a casos da COVID-19 diagnosticados que foram genotipadas e cujos resultados foram correlacionados com os dados clínicos, de internação e de mortalidade. Resultados e conclusões: A entrada da variante gama no município de Belo Horizonte ampliou significativamente o número de casos notificados de COVID-19, internações e óbitos pela doença, trazendo grande impacto social e assistencial, sendo que o presente estudo sugere que a presença da variante gama amplia o risco de internação em 4,39% a cada 10 anos a mais de idade e ainda mais para pacientes obesos, que teriam 7 vezes mais chances de internar, que aqueles apresentando outras variantes. Ao avaliar a mortalidade, a presença da variante gama ampliou 6,09% na mortalidade, a cada 10 anos vividos, sendo que os pacientes infectados com a variante gama e desenvolvimento de SRAG tiveram aproximadamente 9 vezes mais chance de morte e ainda os indivíduos do sexo masculino, infectados pela variante gama, apresentaram 1,7 vezes mais chance de morrer por COVID-19. Discussões: A vigilância genômica associada a epidemiologia, a fisiopatologia, a aspectos imunológicos e clínicos tem sido fundamental na luta contra a pandemia da COVID-19 e deve seguir num movimento síncrono mundial para que possamos evitar mortes e minimizar danos.
Resumo em Inglês
The identification of SARS-CoV-2 in December 2019 and the COVID-19 pandemic, which changed the entire world health landscape, imposed the need to search for diagnostic tools for the disease, as well as epidemiological and genomic surveillance instruments in the sense of understanding the dynamics of the disease and seeking better proposals for control and treatment for the disease. Goals: To analyze the prevalence of SARS CoV-2 genotypes in the city of Belo Horizonte and correlate them with the clinical profile of COVID-19 severity and its health outcomes from January 2020 to April 2021, when a change is observed on the epidemiological patterns of the disease, associated with worldwide declarations of the emergence of new variants of concern. Methodology: This is an analytical and retrospective observational epidemiological study that analyzed 388 samples positive for SARS-CoV-2, processed at the Molecular Biology Laboratory of the Municipal Secretariat of Belo Horizonte, referring to diagnosed cases of COVID-19 that were genotyped and whose results were correlated with clinical, hospitalization and mortality data of the cases. Results and conclusions: The detection of the gamma variant in the city of Belo Horizonte significantly increased the number of reported cases of COVID-19, hospitalizations and deaths from the disease, bringing great social and care impact, and the present study suggests that the presence of the gamma variant increases the risk of hospitalization by 4.39% every 10 years-old and even more for obese patients, who would be 7-fold more likely to be hospitalized than those with other variants. When assessing mortality, the presence of the gamma variant increased by 6.09% in mortality, every 10 years-old, with patients infected with the gamma variant and developing SARS having approximately 9-fold more chance of death and even individuals of the same sex males with the gamma variant were 1.7-fold more likely to die from COVID-19. Discussions: Genomic surveillance associated with epidemiology, pathophysiology, immunological and associated clinical aspects has been fundamental in the fight against the COVID-19 pandemic and must continue in a worldwide synchronous movement so that we can avoid deaths and minimize damage.
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