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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60490
RESULTADOS PRELIMINARES DA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE OCRATOXINA A EM CHÁ PRETO, VERDE E MATE
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Desde a antiguidade, o chá é consumido devido às suas propriedades funcionais, sendo a segunda bebida não alcoólica mais consumida no mundo. Cada vez mais presente nas prateleiras dos mercados brasileiros, o chá está chegando em 2023 com 43% de crescimento. A alta é motivada, principalmente, pela busca de bebidas saudáveis, sem conservantes e corantes, livres de açúcar e com baixo valor calórico além de seus efeitos estimulantes relacionado à cafeína e outras substâncias benéficas como compostos fenólicos que tem propriedades antioxidantes ou outros componentes bioativos. O chá pode originar três tipos diferentes, classificados quanto ao seu processo de produção: fermentado (preto), o semi fermentado (oolong) e não fermentados (verde e branco). Outra bebida que vem sendo muito bem aceita pela população brasileira é a erva-mate. Os povos indígenas a utilizavam para aumentar a resistência à fadiga e reduzir a sede ou a fome devido à presença de cafeína, teobromina e teofilina. Na literatura encontramos inúmeros trabalhos sobre a contaminação fúngica nos mais diferentes chás, e muitos deles de espécies produtoras de aflatoxinas e Ocratoxina A. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de Ocratoxina A em chá preto e chá mate, uma vez que esses seriam os mais consumidos pela população brasileira e comercialmente vem sendo um crescente econômico no mercado interno e nas exportações. Até agora 10 amostras de chá preto, 1 de mate tostado e 1 chá verde foram analisadas e detectado a presença de OTA em 100% das amostras. A concentração de OTA em chá preto variou na faixa de 0,60 a 2,09 ppb e a amostra controle utilizada foi fortificada no nível de 5ppb sendo a recuperação de 83%, mas como as amostras estão abaixo desta concentração ainda não foi feita a correção das concentrações de OTA obtidos em chá preto. Na amostra do chá mate a contaminação de OTA foi de 1,43 ppb e de chá verde com 0,98 ppb, ambas também não tiveram a concentração corrigidas pois esses serão os próximos passos. Nas legislações do Brasil, Codex e CE não existe Limite Máximo Tolerável de micotoxinas nesses produtos. Contudo, já existem registros da presença de OTA e Aflatoxinas em trabalhos na literatura de 2014 (República Tcheka 2014) e 2020 (Madrid) em chás e nas bebidas com concentrações significativas, despertando a necessidade de se ter mais dados para avaliar se existe risco sanitário nestas bebidas.
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