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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60425
PERFIL DOS ÓBITOS POR SUICÍDIO E SUA RELAÇÃO COM OS DIAGNÓSTICOS DE TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS NO BRASIL NO ÂMBITO DA PANDEMIA DE COVID-19
Alves, Paloma Palmieri | Data do documento:
2022
Autor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
Introdução: O suicídio se tornou um grave problema de saúde pública, como apontam os dados da Organização Mundial da Saúde. A Pandemia da COVID-19 impactou severamente a população, deixando marcas profundas na saúde mental dos indivíduos, gerando ansiedade e agravando os casos de transtornos mentais e comportamentais (TMeC), em especial a depressão. Objetivos: Analisar a relação espaço-temporal dos óbitos por suicídio registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), traçando o perfil dos indivíduos e sua associação aos diagnósticos associados de TMeC no Brasil, de 2010 e 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem descritiva, no qual se buscou identificar grupos de indivíduos com características semelhantes e que cometeram suicídio na última década e no primeiro ano da pandemia de COVID-19. Foram construídos gráficos, tabelas, figuras e mapas ilustrando a distribuição espacial e temporal; segundo diagnósticos de TMeC associados ao suicídio, perfil sociodemográfico e tipo de ocupação. Além das proporções, foram calculadas as variações percentuais das taxas de suicídio por Unidades da Federação e Macrorregiões Geográficas. Resultados: O período de 2010 a 2020 apresentou um crescimento de 46% do número de suicídios, representando a perda de cento e vinte seis mil e uma vidas que poderiam ter sido evitadas no período. Apenas em 2020, foram 13.835 óbitos por suicídio, representando um crescimento percentual de 2,3% de crescimento no último ano. Entretanto, quando o indivíduo também apresentava diagnóstico de algum TMeC como, depressão, ao uso de drogas, múltiplas drogas, sedativos, narcóticos, psicotrópicos e álcool, o crescimento foi de 11,5%, cinco vezes maior. Conclusão: Os dados apresentados evidenciam os impactos do isolamento na saúde mental da população em se tratando de suicídio. Torna-se urgente a garantia de uma rede de apoio com tratamento adequado e equitativo aos indivíduos da população diagnosticada com TMeC de modo a garantir as intervenções necessárias no estilo de vida ainda na atenção básica de forma que esses indivíduos consigam lidar com os sintomas dos distúrbios diagnosticados para que suas vidas não sejam perdidas pelo suicídio.
Resumo em Inglês
Background: Suicide has become a serious public health problem, as indicated by world health organization data. The COVID-19 pandemic severely impacted the population, leaving deep marks on the mental health of individuals, generating anxiety and aggravating cases of mental and behavioral disorders (CST), especially depression. Objective: To analyze the sand-time relationship of suicide deaths recorded in the Mortality Information System (SIM), tracing the profile of individuals and their association with associated diagnoses of CST in Brazil, 2010 and 2020. Methods: This is an ecological study, with descriptive approach, in which we sought to identify groups of individuals with similar characteristics who committed suicide in the last decade and in the first year of the COVID-19 pandemic. Graphs, tables, figures and maps were constructed illustrating spatial and temporal distribution; according to diagnoses of CST associated with suicide, sociodemographic profile and type of occupation. In addition to the proportions, the percentage variations of suicide rates by Federation Units and Geographic Macroregions were calculated. Results: The period from 2010 to 2020 showed a growth of 46% in the number of suicides, representing the loss of one hundred and twenty six thousand and one lives that could have been avoided in the period. In 2020 alone, there were 13,835 deaths by suicide, representing a percentage growth of 2.3% in the last year. However, when the individual also had a diagnosis of a TMeC such as depression, drug use, multiple drugs, sedatives, narcotics, psychotropics and alcohol, the growth was 11.5%, five times greater. Conclusions: The data presented show the impacts of isolation on the mental health of the population in the case of suicide. It is urgent to guarantee a support network with adequate and equitable treatment for individuals in the population diagnosed with CST in order to ensure the necessary interventions in lifestyle still in primary care so that these individuals can cope with the symptoms of the disorders diagnosed so that their lives are not lost by suicide.
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