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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60214
ANÁLISE DA DINÂMICA HEMATOPOÉTICA MURINA DURANTE A INFECÇÃO POR SCHISTOSOMA MANSONI COM FOCO NA HEMATOPOESE EXTRAMEDULAR HEPÁTICA
Hematopoese Extramedular
Ranunculaceae
MEDTROP-Parasito
Anais
Congresso
Author
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Instituto Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Patologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Instituto Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Patologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Observa-se na esquistossomose a reação granulomatosa como a principal forma de expressão patológica no hospedeiro definitivo. O cenário é composto pela presença do ovo de Schistosoma, com resposta inflamatória mais
proeminente observada no fígado, circundado por células inflamatórias dispostas em uma matriz extracelular organizada e compacta, formando três zonas distintas. Na zona periférica, principalmente entre fibras reticulares, é possível observar hematopoese extramedular, atuando de forma a compensar ou aumentar a resposta hematopoética da inflamação. Estudos anteriores, inclusive de nosso grupo, já demonstraram topologicamente a presença de
hematopoese extramedular nos granulomas, bem como diferenças encontradas na resposta hematopoética medular frente à infecção esquistossomótica. No entanto, à luz das novas tecnologias disponíveis hoje, pretendemos
detalhar e entender as mudanças do perfil hematopoético na infecção esquistossomótica, com especial atenção ao microambiente da hematopoese perigranulomatosa e perivascular hepática. Para isso, camundongos machos Swiss
Webster foram infectados no quinto dia de vida por 70 cercárias via percutânea e eutanaziados no 35º, 40º, 45º, 50º e 60º dia pós infecção (dpi). Fragmentos de fígado foram coletados, fixados em formalina de Millonig de
Carson e embebidos em parafina ou criopreservados para serem utilizados nas técnicas histológicas, como hematoxilina e eosina, sirius red pH10,2, picrossirius, alcian blue e Reticulina de Gomori, e de imunofluorescência, com o uso
dos anticorpos anti Ki67, MMP9, fibronectina, actina, Sca-1, vWF e CD31. A partir de 40dpi foram observados alguns ovos espaçados e grandes vasos hepáticos circundados por células hematopoéticas, além de células inflamatórias
chegando através dos sinusoides. Aos 50dpi, progenitores mieloides, eosinófilos maduros e imaturos e neutrófilos já foram identifica dos na zona periférica do granuloma e ao redor de vasos. A presença de algumas células em mitose e a positividade para Ki67 mostraram que algumas células chegam e proliferam nessa região, confirmando a ocorrência de hematopoese extramedular. Foi possível identificar algumas células esparsas exibindo positividade para
Sca-1, o que indica que células hematopoéticas com um importante grau de indiferenciação chegam à periferia do granuloma. Também foram observados alguns grupos de megacariócitos expressando vWF, indicando que um há alguma quimioatração hepática para essas células, ou que um progenitor bastante imaturo migra para o fígado, prolifera e se diferencia em megacariócitos nessa região. A presença de glicoconjugados ácidos, demostrada pela coloração por Alcian Blue pH 1,0, e também de fibras colagenosas dos tipos I e III, demonstrada pelo Picrosirius, bem como a presença de actina e a ausência de fibronectina, sugerem que as células hematopoéticas chegam a um microambiente composto por moléculas de matriz extracelular importantes para a atração e manutenção da hematopoese no fígado. Além disso, algumas células hematopoéticas, majoritariamente neutrófilos, são capazes de secretar MMP9, uma molécula capaz de modular a matriz e que também pode atuar na mobilização de células tronco hematopoéticas para fígados com lesão. A expressão de CD31 demonstrou um aumento no número de vasos sanguíneos durante a infecção, mas não foi possível detectar progenitores endoteliais e, assim, confirmar a ocorrência de angiogênese. Nesse trabalho nós propusemos aprofundar os estudos focados na hematopoese extracelular erigranulomatosa hepática durante a infecção por Schistosoma mansoni em camundongos. Nossos dados sugerem que progenitores de níveis de diferenciação distintos são recrutados para o fígado dos animais infectados, onde encontram um ambiente apropriado para a diferenciação mieloide tanto na periferia do granuloma, quanto ao redor dos grandes vasos. A participação potencial de progenitores endoteliais ainda precisa ser melhor investigada, apesar da observação do aumento do número de vasos sanguíneos no fígado infectado. Também é necessário atentar às mudanças ocorridas na medula óssea, além de investigar o grau de maturação dos progenitores hematopoéticos que circulam no sangue periférico.
Keywords in Portuguese
EsquistossomoseHematopoese Extramedular
Ranunculaceae
MEDTROP-Parasito
Anais
Congresso
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