Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59392
Tipo
DisertaciónDerechos de autor
Acceso abierto
Colecciones
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítem
ANÁLISE DA REATIVIDADE CONTRA AS PROTEÍNAS H1 E H3 DOS VÍRUS INFLUENZA AMÉRICA DO SUL POR ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO
Gonçalves, Andreza Parreiras | Fecha del documento:
2020
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pos Graduação em Ciências da Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Resumen en portugues
A influenza é uma doença infecciosa respiratória aguda, causada pelos vírus influenza, que possui distribuição global e transmissibilidade elevada, sendo considerada a infecção viral de maior impacto no mundo. Entretanto, ainda é difícil quantificar a real incidência/prevalência dessa doença, uma vez que grande parte dos indivíduos infectados não procura atendimento médico, e, portanto, não é diagnosticada. Nesse contexto, a determinação direta da soroprevalência contra influenza pode gerar informações mais exatas sobre a doença. Os ensaios imunoenzimáticos permitem a detecção de anticorpos contra influenza e podem assim ser usados para estimar soroprevalência desses vírus em determinadas populações. Crianças e adolescentes representam importantes grupos de risco de infecção por influenza, por estarem mais expostos ao contato com esses vírus no ambiente escolar. Portanto, a avaliação de biomarcadores de infecções prévias por tais vírus nesses indivíduos configura uma boa oportunidade de se estimar o perfil de reatividade dessa população. Esse trabalho avaliou a reatividade do soro de adolescentes escolares residentes no Rio Grande do Sul, contra as proteínas H1 e H3 do influenza. Para isso, foi desenvolvido um ensaio imunoenzimático indireto, utilizando como antígenos as proteínas H1 e H3. As proteínas usadas foram produzidas por expressão em sistema E. coli, por meio do uso de vetores pET30a, nos quais foram subclonadas sequências gênicas de H1 e H3, geradas a partir de sequências consenso, montadas através do alinhamento de sequências de diferentes amostras virais de (H1N1)pdm e H3N2. A partir do ensaio imunoenzimático desenvolvido, 957 amostras de soro de adolescentes, entre 12 e 17 anos, que frequentavam escolas na cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul foram testadas quanto à presença de anticorpos IgG contra as proteínas H1 e H3. Os resultados obtidos demonstraram que grande parte dessa população possui anticorpos contra os subtipos de influenza A, (H1N1)pdm09 e H3N2. Foi observada uma taxa de soropositividade geral entre os adolescentes de 78,47% para a proteína H1 e 80,67% para a proteína H3. As taxas elevadas de soropositividade observadas corroboram com dados publicados por outros países, nos quais também foram encontrados níveis de soropositividade para influenza entre 80 e 100% em populações jovens. A soropositividade elevada encontrada entre os escolares desse estudo sugere que essa população pode estar mais exposta às infecções por esses vírus e alerta sobre as consequências potenciais dessas infecções. Futuramente, as informações geradas por esse estudo poderão auxiliar na tomada de decisões de saúde pública para a implementação de estratégias de controle e prevenção da influenza na região sul do Brasil.
Resumen en ingles
Influenza is an acute respiratory infectious disease, caused by influenza viruses, which has a global distribution and high transmissibility, considered the viral infection with the highest burden worldwide. However, it is still difficult to quantify the real incidence/prevalence of this disease, since most of the infected individuals do not seek medical attention, and, therefore, are not diagnosed. Thus, the direct determination of seroprevalence against influenza virus can provide more accurate data about this infection. Immunoenzymatic assays allow the detection of antibodies against influenza virus and can be used to estimate the seroprevalence of these viruses in specific populations. Children and adolescents represent important risk groups for influenza infection, as they are more exposed to contact with these viruses in the school environment. Therefore, the evaluation of biomarkers of previous infections by such viruses in these individuals represents a great opportunity to estimate the reactivity profile of this population. The current study evaluated the serum reactivity of adolescent students residing in Rio Grande do Sul, against H1 and H3 influenza virus proteins. For this purpose, an indirect enzyme immunoassay was developed, using H1 and H3 proteins as antigens. The proteins used were produced by expression in E. coli system, using pET30a vectors, in which H1 and H3 gene sequences were subcloned. Such sequences were generated from consensus sequences, assembled by the alignment of sequences from different viral samples of (H1N1)pdm09 and H3N2 influenza viruses. After the establishment of the immunoenzymatic assay, 957 serum samples from adolescents, with age ranging from 12 to 17 years old, who attended schools in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul state were tested for the presence of IgG antibodies against H1 and H3 proteins. The data revealed that a large proportion of the study population had antibodies against both influenza A subtypes, (H1N1)pdm09 and H3N2. An overall seropositivity rate of 78.47% for protein H1 and 80.67% for protein H3 was found among the adolescents, corroborating with previous studies in other countries, in which levels of seropositivity between 80 and 100% were also found in young populations. The high seropositivity found among the adolescent students draws attention to the fact that this population might be more exposed to infections by such viruses and alert for the potential consequences of these infections. Taken together, the information generated by this study can assist the public managers in decision making for the implementation of influenza control and prevention strategies in the southern region of Brazil.
Compartir