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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57477
A NOTIFICAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA NA POPULAÇÃO LGBTQIA+ NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Saúde da Família
Notificação
Minorias Sexuais e de Gênero
Estudo Observacional
Entrevista
Pesquisa Qualitativa
Silva, Valdete Maria da | Date Issued:
2022
Alternative title
Notification of cases of violence in the LGBTQIA+ population from the perspective of family health professionais in the city of Rio de JaneiroAuthor
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O objetivo geral do presente estudo realizado foi analisar o processo de notificação dos casos de violência em relação à população LGBTQIA+ na perspectiva dos profissionais de nível superior da Estratégia de Saúde da Família e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) de duas clínicas de saúde da família da Área Programática 5.1, no município do Rio de Janeiro. Para tal proposta, foram estabelecidos três objetivos específicos: a) descrever os dados de notificação de violência à população LGBTQIA+ na atenção primária do município do Rio de Janeiro, no período de 2013 a 2022; b) caracterizar a percepção dos profissionais de saúde sobre o que entendem como notificação de violência e; c) descrever os fatores que facilitam ou dificultam a identificação de violência pelos profissionais de saúde na população LGBTQIA+. Observou-se que, no período de 2013 a 2022, foram notificados 30 casos de violência por homofobia/transfobia em relação aos residentes da região pesquisada. A natureza do maior número de casos notificados foi violência psicológica, seguida por violência física e violência sexual. Foram identificados facilitadores e dificultadores da identificação de violência e de sua notificação. Entre os cinco fatores facilitadores destacam-se: a) a escuta qualificada; b) a utilização da planilha de violência da CAP (instrumento norteador que consolida os casos de violência pertencentes à unidade); assim como c) a oferta de serviços em saúde integral. Quanto aos dificultadores, foram identificados oito fatores, entre eles: a) a não identificação da violência Lgbtfóbica como demanda; b) a dificuldade na abordagem do acolhimento; c) o preconceito dos profissionais em relação à população LGBTQIA+; e, d) a não utilização dos quesitos de identidade, orientação sexual e nome social. Os profissionais sugeriram como estratégias de enfrentamento a tal panorama: a) temáticas para Educação Permanente em Saúde sobre a população LGBTQIA+ que incluíssem a abordagem no acolhimento; b) o esclarecimento sobre os conceitos de identidade de gênero e orientação sexual e sobre as siglas; c) os conhecimentos acerca das políticas públicas e sobre o tema da violência. As principais recomendações do estudo sugerem a qualificação dos profissionais da ESF e do NASF-AB, a assistência transversal interdisciplinar e a criação de um grupo temático intersetorial.
Abstract
The general objective of the study was to analyze the process of reporting cases of violence in relation to the LGBTQIA+ population from the perspective of higher-level professionals from the Family Health Strategy and the Expanded Nucleus of Family Health and Primary Care (NASF-AB) of two family health clinics in Program Area 5.1, in the city of Rio de Janeiro. To this end, three specific objectives were established; to describe the data on violence notification to the LGBTQIA+ population in primary care in the city of Rio de Janeiro, from 2013 to 2022; to characterize the perception of health professionals about what they understand as notification of violence and; to describe the factors that facilitate or hinder the identification of violence by health professionals in the LGBTQIA+ population. It was observed that in the period from 2013 to 2022, 30 cases of violence due to homophobia/transphobia were reported, with residents of the researched region. The nature of the largest number of reported cases was psychological violence, followed by physical violence and sexual violence. Facilitators and obstacles to the identification of violence and its notification were identified. Among the five facilitating factors, qualified listening stands out; the use of the CAP violence worksheet (guiding instrument that consolidates cases of violence belonging to the unit); as well as the provision of comprehensive health services. As for the obstacles, eight factors were identified, among them, the non-identification of Lgbtphobic violence as a demand; difficulty in approaching the patient in the health clinic; health professionals’ prejudice in relation to the LGBTQIA+ population; and the non-use of identity, orientation, and social name requirements. The professionals suggested topics for Continuing Health Education on the LGBTQIA+ population that included the approach to welcoming, clarification on the concepts of gender identity and sexual orientation and acronyms, and information regarding public policies related to violence. As the main recommendations of the study, the qualification of FHS and NASF-AB professionals, cross-disciplinary interdisciplinary care and the creation of an intersectoral thematic group are suggested.
DeCS
ViolênciaSaúde da Família
Notificação
Minorias Sexuais e de Gênero
Estudo Observacional
Entrevista
Pesquisa Qualitativa
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