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AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA UTILIZADA NOS SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE EM UNIDADES DE TRATAMENTO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO DE 2010 À 2021
Vigilância Sanitária: legislação e jurisprudência
Controle da Qualidade da Água
Novello, Bianca | Fecha del documento:
2022
Autor
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
Em indivíduos com doença renal crônica, os rins não conseguem mais realizar a sua função de filtrar o sangue e excretar substâncias tóxicas e excedentes. Sendo assim, pacientes com deficiência renal precisam recorrer a uma terapia renal substitutiva. Dentre as terapias existentes, a hemodiálise é a mais utilizada. A hemodiálise ocorre através de uma máquina que realiza a função dos rins, onde uma grande quantidade de água é requerida para a diluição do concentrado polieletrolítico. Dessa forma, torna-se evidente que a qualidade da água é fundamental para que riscos à saúde do paciente, como uma bacteremia, por exemplo, sejam evitados. O estabelecimento que presta o serviço de hemodiálise deve possuir um sistema de tratamento e distribuição de água tratada para hemodiálise, tornando a água para consumo humano em uma água mais pura que será utilizada na hemodiálise. A vigilância sanitária Municipal junto ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/Fiocruz realiza um programa de monitoramento da qualidade da água para hemodiálise desde 1999 a fim de garantir um serviço de qualidade. Nas inspeções é necessária avaliação em todos os pontos do sistema de tratamento de água para hemodiálise. Com isso é possível determinar a origem da contaminação, fornecer subsídios para o desenvolvimento tecnológico do processo e, ainda elaborar medidas de vigilância sanitária. Neste estudo, entre os anos de 2020 e 2021, foram inspecionados 68 estabelecimentos situados no município do Rio de Janeiro que prestam o serviço de hemodiálise. Foram obtidos um total de 322 amostras para análise microbiológica dos pontos pré-filtro, pós-osmose, loop, reúso e solução de diálise. A maioria dos estabelecimentos, 80% e 85% em 2020 e 2021, respectivamente, permaneceram dentro dos limites microbiológicos que a RDC nº11, de 13 de Março de 2014, e a Portaria de Consolidação GM/MS nº5 de 28 de setembro de 2017 preconizam. Dentre os estabelecimentos que apresentaram resultados insatisfatórios foram identificados diferentes microrganismos, como: Escherichia coli, Stenotrophomonas maltophilia, Burkholderia cepacia e Brevundimonas diminuta. A identificação dos microrganismos foi realizada através de testes fenotípicos. Neste trabalho também foi realizada uma análise comparativa do programa desde 2010 até 2021. Nesse caso, os resultados mostraram que não houve uma melhora estatisticamente significativa na quantidade de estabelecimentos satisfatórios que prestam o serviço de hemodiálise. Entretanto, nas inspeções é visível o quanto os estabelecimentos estão empenhados em melhorar o serviço e a evolução que muitos deles tiveram desde o começo do programa
DeCS
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