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EFEITO PROTETOR DO FLAVONOIDE RUTINA CONTRA A CITOTOXICIDADE DO SULFATO FERROSO EM CULTURA DE CÉLULAS C6 DE GLIOMA DE RATO
Matos, Priscila Correia Pinheiro de | Data do documento:
2022
Autor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Resumo
INTRODUÇÃO: O estresse oxidativo está relacionado com o envelhecimento e com vários distúrbios neurodegenerativos. Os flavonoides, por sua vez, exibem ação importante nos sistemas biológicos, como a eliminação de radicais livres, atuando como agentes antioxidantes, seja isoladamente ou em conjunto com moléculas como por exemplo o ácido ascórbico. Flavonoides como a rutina se destacam por sua capacidade antioxidante e citoprotetora, sendo assim, promissores nesse âmbito. OBJETIVO: Investigar o efeito protetor do flavonoide rutina contra a citotoxicidade do sulfato ferroso em modelos in vitro de linhagem C6 de glioma de rato, e avaliar se o ácido ascórbico interfere nesta atividade farmacológica. MÉTODOS: As células C6 foram cultivadas em condições estéreis, a 37º C em atmosfera com 5 % de CO2 até atingirem confluência. Foram feitas modulações específicas para cada etapa; para determinação da mínima concentração citotóxica do sulfato ferroso, a diluição ocorreu entre 0,07 mM e 22 mM. Foi feito teste de citotoxicidade do sulfato ferroso após 24 h de tratamento através de teste de MTT. Para determinar a mínima concentração protetora da rutina foi feita diluição (entre 5 e 500 μM por 24 h), seguida de tratamento com sulfato ferroso (a 13 mM por 24 h), assim como teste de análise da proteção de células pela rutina através de teste de MTT. Para verificar interferência do ácido ascórbico foi feito experimento em que as células C6 foram pré-tratadas com rutina na mínima concentração protetora (5 µM por 24 h), sendo em seguida tratadas com sulfato ferroso (a 13,7 mM), variando-se a concentração de ácido ascórbico (entre 6 e 300 µM por 24 h de tratamento) através de teste de MTT. RESULTADOS: A mediana da mínima concentração citotóxica do sulfato ferroso para células C6 foi 0,7 mM (variação: 0,7 e 1,3 mM, n= 3) após 24 h. A rutina exibiu um efeito protetor parcial em testes de viabilidade celular. A mediana da mínima concentração protetora da rutina foi 5 µM (variação: 5 – 50 μM, n= 9) e preveniu uma porcentagem significativa de morte celular induzida pelo sulfato ferroso a 13 mM após 24 h. O ácido ascórbico não interferiu no efeito protetor da rutina. CONCLUSÕES: A rutina tem ação citoprotetora frente aos danos oriundos do sulfato ferroso, em células C6, o ácido ascórbico não apresentou interferência nessa proteção
Resumo em Inglês
INTRODUCTION: Oxidative stress is related to aging and several neurodegenerative disorders. Flavonoids, on the other hand, have an important action in biological systems, for example as scavenging free radicals, acting as antioxidant agents, either alone or together with molecules such as ascorbic acid. Flavonoids like rutin stand out for their antioxidant and cytoprotective capacity, therefore, they are promising in this field. AIM: To investigate the protective effect of the flavonoid rutin against the cytotoxicity of ferrous sulphate in in vitro models of the C6 strain of rat glioma cells, and to assess whether ascorbic acid interferes with this pharmacological activity. METHODS: C6 cells were cultured under sterile conditions at 37º C in an atmosphere with 5 % CO2 until reaching confluence. Specific modulations were made for each step; in order to determine the minimum cytotoxic concentration of ferrous sulphate, the dilution occurred between 0.07 mM and 22 mM. The ferrous sulphate cytotoxicity test was performed after 24 h of treatment by using MTT. In order to determine the minimum protective concentration of rutin, a dilution was made (between 5 and 500 μM for 24 h), followed by treatment with ferrous sulphate (at 13 mM for 24 h), as well as an analysis test of the protection of rutin cells by the MTT test. To verify interference from ascorbic acid, an experiment was carried out in which C6 cells were pretreated with rutin at the minimum protective concentration (5 µM for 24 h), being then treated with ferrous sulphate (at 13.7 mM), varying the concentration of ascorbic acid (between 6 - 300 µM for 24 h) using the MTT test. RESULTS: The minimum cytotoxic concentration of ferrous sulphate for C6 cells was 0.7 mM (range: 0.7 and 1.3 mM n= 3) after 24 h. Rutin exhibited a partial protective effect in cell viability tests. The median of the minimum protective concentration of rutin was 5 µM (range: 5 – 50 µM, n= 9) and it prevented a significant percentage of cell death induced by ferrous sulphate at 13 mM after 24 h. Ascorbic acid did not interfere with the protective effect of rutin. CONCLUSIONS: Rutin has a cytoprotective action against damages induced by ferrous sulphate, in C6 cells, ascorbic acid did not interfere in this protection
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