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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154
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CENTROS E MUSEUS DE CIÊNCIAS BRASILEIROS E O DIÁLOGO COM O PÚBLICO EM VULNERABILIDADE SOCIAL DO TERRITÓRIO: PRÁTICAS QUE CONSTROEM LEGADO SOCIAL
Centros e Museus de Ciências
Inclusão Social
Território
Centros Interativos e Exposições de Ciência e Tecnologia
Museus
Exposições Científicas
Inclusão Social
Território Sociocultural
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Museu de Astronomia e Ciências Afins. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Museu de Astronomia e Ciências Afins. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
Neste trabalho propomos compartilhar um recorte de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade socioeconômica que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a perspectiva da divulgação científica, do engajamento com a ciência e o exercício dos direitos de cidadania. Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social.
Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos nos fins de semana, percebe-se o quanto estes espaços ainda hoje são frequentados por uma elite da sociedade. Embora as descrições sobre o fenômeno da exclusão e sua reprodução sejam controversas, existe consenso sobre as barreiras que impedem o usufruto dos museus de ciências por um público mais amplo. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas o perfil desta audiência pouco mudou. No contexto atual de crescente desigualdade social, faz-se necessário agir no presente. O quê poderia impulsionar mudanças sociais?
Recalculando...
Em função da pandemia de Covid-19, a pesquisa foi realizada de modo exclusivamente online. Mediados pela tecnologia, foram ouvidos profissionais que trabalham nas instituições e suas falas foram analisadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, proposto por Lefèvre e Lefèvre (2006). Inicialmente, 69 participantes responderam um questionário online, cujos dados foram analisados pela estatística descritiva, e, posteriormente, nove entrevistas foram realizadas a partir das respostas obtidas no questionário. O critério adotado no recorte amostral desta proposta considerou a presença de atividades no território expandido das instituições, compreendendo 28 indivíduos. Pretendemos, assim, dar maior ênfase aos relatos de práticas que lograram romper a exclusão social e construíram um legado, promovendo mudanças nas perspectivas de vida ao menos de uma parte do público visitante.
Mudanças possíveis
Três categorias resultaram da análise dos dados: assumir um compromisso institucional, desenvolver amplos mecanismos de acesso e respeitar as diferenças e cuidado constante, o desafio de romper preconceitos. Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”.
Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo.
Palabras clave en portugues
Divulgação CientíficaCentros e Museus de Ciências
Inclusão Social
Território
DeCS
Comunicação e Divulgação CientíficaCentros Interativos e Exposições de Ciência e Tecnologia
Museus
Exposições Científicas
Inclusão Social
Território Sociocultural
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