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BIOÉTICA, PROTEÇÃO E O FIM DA VIDA: O PACIENTE COMO VÍTIMA E VETOR DE PATÓGENOS MULTIRRESISTENTES EM UTIS
Unidades de Terapia Intensiva
Doente Terminal
Infecção Hospitalar
Resistência Microbiana a Medicamentos
Albuquerque, Isabella Gomes Cavalcanti de | Data do documento:
2007
Título alternativo
Bioethics, resistance in end of life: the patient as the victim and vetor of pathogen multiresistent in Intensive Care UnitsOrientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A evolução da tecno-ciência, na área de terapia intensiva, vem
possibilitando o aumento da sobrevida de pacientes portadores de doenças
incuráveis. Esses pacientes, quando se encontram em estágio terminal de
doença e são submetidos ao vasto aparato tecnológico, disponível nas UTI,
são capazes de permanecer vivos por longos períodos e acabam por
apresentar um risco aumentado para infecção hospitalar. O tratamento de
todas as complicações infecciosas decorrentes dessa assistência, não é capaz
de promover a cura desses pacientes, mas tão somente de postergar a morte,
quase sempre à custa de muita dor e muito sofrimento; além disso, favorece a
emergência de patógenos cada vez mais resistentes aos antimicrobianos, que,
pela possibilidade de transmissão cruzada, passam a representar um risco aos
demais pacientes vulnerados e internados na mesma unidade e, ainda, um
risco a futuros pacientes, já que o uso indiscriminado de antimicrobianos pode
levar a um futuro sem opções terapêuticas. Surge, então, uma série de
conflitos de natureza moral, que são abordados no presente estudo e
analisados à luz das bioéticas principialista e da proteção. Concluímos que as
decisões relacionadas ao fim da vida, em UTI, devem ser fruto de uma
ponderação entre todos os princípios da bioética principialista, mas que, num
momento em que a resistência aos antimicrobianos representa um sério
problema de saúde pública mundial, cabe aos governantes a elaboração de
medidas de proteção, no sentido de se evitar o uso fútil de antimicrobianos,
nesses pacientes.
Resumo em Inglês
The evolution of the tecno-science, in the area of the intensive care, has
been increasing the survival of the terminally ill patients. With intensive care,
such patients can stay alive for long periods and can have an increased risk for
hospitalar infections, as a consequence of such care. Treating all these
infections doesn´t heal these patients, but delays their death, almost always
with a lot of pain and suffering ; besides that, it turns possible the emergence of
antibimicrobials resistant microorganisms, which, by the chance of crosstransmission, represent a great risk to the other vulnerable patients, admited to
the same unit and, still, a risk for future patients, because the abusive use of
antimicrobials can lead to a future with no terapeutic options. Therefore, a serie
of moral conflicts arise from it, which, at the present study, are analyzed within
bioethics perspective, especially that one of principialism and of protection´s
view. On conclude that the end of life decisions must be a weighed
interpretation of the principles, but, as the resistance represents a global public
health problem, the governors must provide protection measures in order to
prevent the futil and abusive use of the antimicrobials.
DeCS
BioéticaUnidades de Terapia Intensiva
Doente Terminal
Infecção Hospitalar
Resistência Microbiana a Medicamentos
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