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03 Saúde e Bem-EstarColecciones
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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA TERAPIA COM G-CSF PARA A MELHORA DOS SINTOMAS EM PACIENTES PORTADORES DE CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO FASE II, PROSPECTIVO, BICÊNTRICO, DUPLO-CEGO, RANDOMIZADO E CONTROLADO POR PLACEBO
Macêdo, Carolina Thé | Fecha del documento:
2020
Autor
Director
Miembros de la junta
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Resumen en portugues
INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia chagásica crônica (CCC) é uma condição clínica potencialmente fatal, sendo responsável pela maior parte da morbimortalidade da doença de Chagas crônica.. Apesar do mecanismo fisiopatogênico único, o tratamento padrão da CCC é semelhante ao esquema terapêutico para insuficiência cardíaca (IC) de outras etiologias. Sendo uma doença negligenciada, uma nova abordagem terapêutica é de extrema necessidade, e o reposicionamento de medicamentos já usados na prática clínica é uma estratégia de pesquisa muito usada atualmente por ser considerada mais rápida e potencialmente eficaz para o desenvolvimento de um novo tratamento. Estudos anteriores mostraram que o fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) melhora a função cardíaca em modelos animais de CCC e também em ensaios clínicos de IC de outras etiologias. Nesse estudo, realizamos um ensaio randomizado duplo-cego controlado por placebo com objetivo de avaliar a eficácia e a segurança da terapia com G-CSF com o uso concomitante de terapia padrão para IC em pacientes com CCC. MÉTODOS: Na Bahia, Brasil, foram incluídos 37 pacientes com cardiomiopatia chagásica, idade entre 20 e 75 anos, classe funcional II a IV da New York Heart Association (NYHA) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) \2264 50%. Todos os pacientes receberam tratamento padrão para IC por dois meses antes da randomização para o grupo G-CSF (10 mcg / kg / dia) ou placebo, ambos associados a manutenção do tratamento para IC. O desfecho primário foi a estabilização ou melhora da classe funcional desde o início até 6 e 12 meses após o tratamento. A análise estatística foi por intenção de tratar. RESULTADOS: As características basais dos pacientes foram bem equilibradas entre os grupos. A maioria dos pacientes apresentava insuficiência cardíaca em classe II da NYHA (86,4%) e, em ambos os grupos, uma média baixa de FEVE (32% ± 7 no grupo G-CSF e 33% ± 10 no grupo placebo). A frequência do desfecho primário em 6 meses foi de 78% vs 66% (p: 0,47) e aos 12 meses foi de 68% vs 72% (p: 0,80) nos grupos placebo e G-CSF, respectivamente. Em relação ao perfil de segurança, o G-CSF foi seguro, sem qualquer adverso grave relacionado ao tratamento teste e nenhuma diferença na mortalidade em comparação com o grupo placebo. Embora a análise exploratória dos desfechos secundários não tenha sido estatisticamente significativa, o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) mostrou uma tendência de melhora no grupo G-CSF aos 12 meses. CONCLUSÃO: A terapia com G-CSF no CCC é segura e bem tolerada, porém sua eficácia na prevenção da progressão dos sintomas não pôde ser demonstrada pelo presente estudo.
Resumen en ingles
BACKGROUND: Chronic Chagas cardiomyopathy (CCC) is a life-threatening clinical condition, resulting in most of the morbidity and mortality caused by the protozoan Trypanosoma cruzi infection. Despite of having a unique physio pathogenic mechanism, CCC standard treatment is the same than any other heart failure (HF) syndromes. As for any neglected diseases, a new therapeutic approach is of utmost need, and drug repurposing is the quickest research and development strategy to deliver a new treatment. Previous studies showed that granulocyte-colony stimulating factor (G-CSF) improves heart function in a model of CCC. Herein we report the interim results of a double-blind, placebo controlled randomized trial to evaluate the efficacy and safety of G-CSF therapy with concomitant use of standard heart failure therapy in patients with CCC. METHODS: In the state of Bahia, Brazil, 37 patients with Chagas cardiomyopathy, age between 20 and 75 years, New York Heart Association (NYHA) functional class II to IV and left ventricular ejection fraction (LVEF) of \2264 50% were included. All patients received standard HF treatment for two months before randomization to either G-CSF (10 mcg/kg/day) or placebo group, both associated with HF treatment. The primary end point was either maintenance or improvement of NYHA class from baseline to 6 and 12 months after treatment and intention to treat analysis was used. RESULTS: Overall, baseline characteristics were well balanced between groups. Most of the patients had NYHA class II of heart failure (86.4%) and, in both groups, low mean LVEF (32% ±7 in G-CSF group and 33% ±10 in placebo group. Frequency of primary endpoint at 6 months was 78% vs 66% (p:0.40) and at 12 months was 68% vs 72% (p:0.8) in placebo and G-CSF groups, respectively .Regarding safety profile, G-CSF was safe, without any serious adverse event related and no difference in mortality compared with placebo group. Although exploratory analysis of secondary endpoints were not statistically significant at 12 months, maximal oxygen consumption (VO2 max) showed a tendency for improvement in G-CSF group. CONCLUSION: G-CSF therapy in CCC is safe and well tolerated, however it´s efficacy in preventing symptom\2019s progression could not be demonstrated by the present study. Clinical Trial Registration\2014URL: http://www.clinicaltrials.gov. Unique identifier: NCT02154269
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