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NO RASTRO DOS OVOS: UMA HISTÓRIA DA EXPLORAÇÃO E USO DA TARTARUGA DA AMAZÔNIA (PODOCNEMIS EXPANSA SCHWEIGGER, 1812), 1727-1882
Machado, Diego Ramon Silva | Fecha del documento:
2016
Director
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
O presente estudo investiga historicamente as ideias sobre o uso,consumo, apropriação, exploração e comercialização da carne, ovos e derivados da “Tartaruga da Amazônia” (Podocnemis expansa Schweigger, 1812) no estuário amazônico, entre os anos de 1727, quando se teve uma das primeiras tentativas de coibir e regular os excessos impostos pela pesca destes quelônios, e 1882, momento da proibição total da viração (técnica de pesca que consistia em virar a tartaruga no momento da desova com o peito para cima), produção de manteiga de ovos e captura dos filhotes de tartaruga nos rios Solimões, Madeira, Purus e Branco. Para esta investigação trabalhei, fundamentalmente, com análise de relatos de cronistas, expedicionários, viajantes e naturalistas estrangeiros que passaram pela Amazônia brasileira entre os séculos XVIII e XIX; periódicos como o Jornal do Rio Negro, Comércio do Amazonas e Correio do Purus; Correspondências Originais dos Governadores do Pará com a Corte; relatórios da Comissão Demarcadora de Limites e Comissão da Exposição Nacional; mensagens e relatórios de presidentes de Província ecoleções de leis da Província do Pará e Amazonas. Destaco que o conjunto de práticas envolvidas na pesca da tartaruga, produção da manteiga de seus ovos e consumo dos filhotes apresentou diferentes práxis socioeconômicas, ambientais e culturais entre os grupos sociais envolvidos e que o processo de acumulação destes produtos da natureza, estimulado pela inserção de novos sujeitos no processo de exploração, a exigência alimentar e energética do mercado consumidor pela carne e ovos de tartaruga, levaram o número de indivíduos da espécie a uma redução drástica, identificada a partir da enfática crítica ambiental brasileira e estrangeira, além de tentativas e práticas efetivas de regulação, controle e proibição da pesca da tartaruga da Amazônia.
Resumen en ingles
This study historically investigates the socioeconomic and environmental processes
performed from consumption, ownership, exploration and marketing of meat, eggs and
dairies from “South American river turtle” (Podocnemis expansa Schweigger, 1812) in
the Amazon estuary, between 1727, when it was one of the first attempts to restrain and
regulate the excesses imposed by fishing these turtles, and 1882, when the total ban on
the “viração” (fishing technique that consists in turn the turtle at the time of spawning
with the chest up), production of eggs butter and the capture of turtle hatchlings in the
Solimões, Madeira, Purus and Branco Rivers. For this analysis it was primarily analised
reports from chroniclers, expeditioners, foreign travelers and naturalists who passed
through the Brazilian Amazon between the eighteenth and nineteenth centuries; journals
such as the Journal of the Rio Negro, Amazonas Trade and Purus Mail; Original
Correspondences of Pará Governors with the Court; Commission Demarcation of limits
reports and Commission of the National Exhibition; Province presidents messages and
reporting and collections of laws of Pará and Amazonas provinces. It’s emphasized that
the set of practices involved in turtle fishing, production of eggs butter and consumption
of the hatchlings showed different socio-economic, environmental and cultural practice
among social groups involved and the process of accumulation of these products of
nature, stimulated by inserting new subjects in the exploration process, food and energy
requirement of the consumer market and the population for turtle meat and eggs, led the
number of individuals of this species to a drastic reduction, identified from the emphatic
Brazilian and foreign environmental criticism and resulted in attempts and effective
regulatory practices, control and prohibition of the Amazon turtle fishing.
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