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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49689
GLOBALIZAÇÃO, DESIGUALDADES E COVID-19: UMA ANÁLISE DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA
Sistema de Saúde
Atenção à Saúde
Brasil
Emergência Sanitária
Sistemas de Saúde
Atenção à Saúde
Emergências
COVID-19
Fatores Socioeconômicos
Literatura de Revisão como Assunto
Santos, Priscilla Paiva Gê Vilella dos | Date Issued:
2021
Alternative title
Globalization, inequalities and COVID-19: an analysis of the Brazilian health system in the fight against the pandemicAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
No atual período histórico da globalização, as interconexões e interdependências facilitam
a propagação de doenças, em especial as infectocontagiosas. Em um curto período de tempo, a
COVID-19 se disseminou pelo mundo inteiro tornando-se a mais devastadora crise de saúde
pública global do último século, que tem resultado em importantes repercurssões econômicas,
políticas e sociais, além das preocupações quanto à capacidade de resposta e resiliência dos
sistemas de saúde. No Brasil, diversos estudos analisaram esta questão a partir da distribuição da
oferta de serviços e recursos de saúde, públicos e privados, para atender os casos de SARS-CoV2. Este estudo teve como objetivo analisar as desigualdades da oferta de recursos hospitalares do
sistema de saúde brasileiro, para atendimento de pacientes graves acometidos pela COVID-19.
Considera-se que as desigualdades em saúde não apenas foram intensificadas neste contexto de
pandemia, mas se ampliaram, tornando ainda mais desafiador o enfrentamento da pandemia no
país. Realizou-se revisão integrativa da literatura, no período de março a dezembro de 2020,
fundamentalmente na área da Saúde Coletiva, com foco na distribuição espacial e na relação
público-privada da oferta de recursos da assistência hospitalar, com ênfase nos leitos de UTI,
respiradores/ventiladores mecânicos e profissionais da saúde. As bases utilizadas foram a BVS e
SciELO, além de fontes institucionais. No total, 42 estudos foram analisados a partir da categoria
de espaço geográfico, visto pelas desigualdades sociespaciais, e de sistema de proteção social em
saúde, através das relações público-privadas. Os resultados apontam expressivas desigualdades na
distribuição da oferta dos recursos e nos arranjos público-privados, considerando os diversos
recortes territoriais e regionais do Brasil (Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões de
Saúde, Regiões Metropolitanas e Municípios). As desigualdades socioespaciais são significativas
mesmo em lugares mais desenvolvidos socioeconomicamente e historicamente privilegiados pela
maior oferta de recursos de saúde de média e alta complexidade, como regiões metropolitanas e
capitais. Um desafio adicional que se coloca neste contexto é a relação público-privada, cuja
segmentação e, simultaneamente, a interdependência entre os setores, impõem sérias limitações
para a resposta à COVID-19 no Brasil, além de aprofundar as desigualdades em saúde no país.
Abstract
In the current historical period of globalization, interconnections and interdependencies
facilitate the spread of diseases, especially infectious diseases. In a short period, COVID-19 has
spread worldwide, becoming the most devastating global public health crisis of the last century,
which has resulted in major economic, political, and social repercussions, in addition to concerns
about the responsiveness and resilience of health systems. In Brazil, several studies have analyzed
this issue from the distribution of the supply of health services and resources, public and private,
to attend the cases of SARS-CoV-2. This study aimed to analyze inequalities in the supply of
hospital resources in the Brazilian health system for the care of critically ill patients affected by
COVID-19. It is considered that health inequalities were not only intensified in this pandemic
context, but have also widened, making it even more challenging to face the pandemic in the
country. An integrative literature review was carried out from March to December 2020, mainly
in the area of Public Health, focusing on the spatial distribution and the public-private relationship
of the supply of hospital care resources, with emphasis on ICU beds, mechanical
respirators/ventilators, and health professionals. The bases used were BVS and SciELO, in
addition to institutional sources. In total, 42 studies were analyzed from the category of geographic
space, seen by sociespatial inequalities, and from the social protection system in health, through
public-private relations. The results indicate significant inequalities in the distribution of the
supply of resources and in public-private arrangements, considering the various territorial and
regional clippings of Brazil (Large Regions, Federation Units, Health Regions, Metropolitan
Regions and Municipalities). Socio-spatial inequalities are significant even in more
socioeconomically developed places and historically privileged by the greater offer of medium
and high complexity health resources, such as metropolitan regions and capitals. An additional
challenge that arises in this context is the public-private relationship, whose segmentation and,
simultaneously, the interdependence among sectors, impose serious limitations to the response to
COVID-19 in Brazil, besides deepening health inequalities in the country.
Keywords in Portuguese
Desigualdades em SaúdeSistema de Saúde
Atenção à Saúde
Brasil
Emergência Sanitária
DeCS
Disparidades nos Níveis de SaúdeSistemas de Saúde
Atenção à Saúde
Emergências
COVID-19
Fatores Socioeconômicos
Literatura de Revisão como Assunto
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