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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48583
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DIVULGAR CIÊNCIA É UMA ARTE! O QUE DIZEM OS ARTISTAS QUE ATUAM EM UM MUSEU DE CIÊNCIAS ITINERANTE?
Titulo alternativo
Communicating science is an art! What do artists who work in an itinerant science museum say?Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
O recorte de pesquisa apresentado nesse artigo buscou investigar as visões e percepções de artistas inseridos no contexto de um museu de ciências itinerante sobre a divulgação científica, o papel de intervenções artísticas que viajam junto a esse museu e suas próprias participações nessa dinâmica. O Museu da Vida Fiocruz (MV) se notabiliza por conceber e oferecer ao seu público, desde sua criação, em 1999, ações educativas que promovem o diálogo entre arte e ciência. Não diferentemente, o Ciência Móvel (CM), a unidade móvel do MV, inaugurou uma nova temporada de atuação em sua itinerância chamada de “Arte e Ciência sobre rodas” em 2013. Essa nova configuração buscou a inclusão sócio-artístico-cultural em suas viagens a cidades do sudeste brasileiro. Desde então, houve a ampliação e diversificação das intervenções artísticas que acompanham esse museu itinerante de ciências. A questão de pesquisa que se coloca é sobre quais são as visões sobre divulgação científica desses artistas envolvidos nessas atividades. E mais, quais são suas percepções, enquanto profissionais das artes cênicas (teatro e circo) e visuais, sobre o papel das artes em um contexto de itinerância e sobre suas próprias inserções e experiências nesse processo. Para isto realizou-se entrevistas com 09 (nove) artistas envolvidos nessas atividades desenvolvidas no âmbito do CM, que ainda estavam ativas na dinâmica de viagens antes da suspensão das atividades pela pandemia da Covid-19. Para a análise das entrevistas, utilizou-se metodologia qualitativa a partir de um processo intuitivo de imersão e cristalização (STEWARD; GAPP; HARWOOD, 2017). Os resultados apresentados consideram as dimensões anteriormente citadas e levantam algumas das potencialidades e oportunidades que uma iniciativa do tipo museu de ciências itinerante oferece para essa interface entre os campos das artes e da divulgação da ciência, ainda que desafios sejam reconhecidos. Os entrevistados refletiram sobre os próprios objetivos das atividades de divulgação científica – dos mais concretos aos mais simbólicos -, sobre como a arte se funde a isso e amplia horizontes, e sobre como se veem partícipes e envolvidos nesse trabalho. Ao final do trabalho, conclui-se que as ações itinerantes se apresentam como uma estratégia de inclusão social fundamental para a divulgação científica e cultural de produções brasileiras, permitindo estar ao alcance de populações que frequentemente não têm acesso a bens e equipamentos de cultura. Ao permitir o acesso à cultura de forma mais ampla, em uma interação entre arte e ciência, essa atividade itinerante reforça o seu papel de popularização da cultura e do conhecimento. A interação entre arte e ciência permite a construção de arranjos comunicativos que favorecem o planejamento de atividades de divulgação científica que vão além do modelo de déficit, que favoreçam o diálogo, a crítica e a percepção do conhecimento de forma cognitiva, mas também afetiva e emotiva.
Resumen en ingles
The research presented in this article sought to investigate the visions and perceptions of artists involved in the context of a traveling science museum in respect to science communication, the role of artistic interventions that travel with this museum, and their participation in this dynamic. The Fiocruz Museum of Life stands out, having since its creation in 1999, conceived and offered its public educational activities that promote the dialogue between art and science. In a similar way, Mobile Science, the mobile unit of the Museum of Life, inaugurated a new season of itinerant activity in 2013 called "Art and Science on Wheels". This new configuration aimed to promote socio-artistic-cultural inclusion on its travels to cities in southeastern Brazil. Since then, there has been an expansion and diversification of the artistic interventions that travel with this mobile science museum. The research question that has been raised is: what views on science communication do these artists involved in the activities have? Furthermore, what would be the perceptions of theater, circus, and visual arts professionals about the role of arts in an itinerant context and their involvement and experiences in this process? For this, interviews were conducted with 09 (nine) artists involved in the artistic activities developed within the scope of Mobile Science, who were still actively traveling before the activities were suspended by the Covid-19 pandemic. For the analysis of the interviews, qualitative methodology was used, based on an intuitive process of immersion and crystallization (STEWARD; GAPP; HARWOOD, 2017). The results considered the dimensions previously presented and raised some of the potentialities and opportunities that this type of activity offers for this interface between the fields of the arts and science communication, even though challenges are recognized. The interviewees reflected on the goals pursued by scientific communication activities, from the most concrete to the most symbolic, on how art merges with this and broadens horizons, and on how they see themselves as participants in this work. At the end of the article, it is concluded that mobile science museums’ actions are presented as a fundamental social inclusion strategy for the scientific and cultural dissemination of Brazilian productions, allowing them to be accessible to populations that often do not have access to cultural facilities. By allowing broad access to culture in an interaction between art and science, itinerant projects reinforce their role in popularizing culture and knowledge. The interaction between art and science allows the planning of scientific communication activities that go beyond the deficit model, developing actions that support dialogue, criticism, and the perception of knowledge in not only cognitive, but also affective and emotive, ways.
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