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Tipo de documento
TeseDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
03 Saúde e Bem-EstarColeções
Metadata
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ANÁLISE CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DA EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO EM 2017
Vacina Contra Febre Amarela
Vigilância Epidemiológica
Epidemias
Fatores de Risco
Prognóstico
Yellow Fever Vaccine
Epidemiologic Surveillance
Epidemics
Risk Factors
Prognosis
Vacina contra Febre Amarela
Monitoramento Epidemiológico
Fatores de Risco
Prognóstico
Epidemiologia Descritiva
Análise Espaço-Temporal
Estudos Longitudinais
Evolução Clínica
Alves, Caroline Gava | Data do documento:
2020
Título alternativo
Clinical and epidemiological analysis of the yellow fever epidemic in the state of Espírito Santo in 2017Autor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
No primeiro semestre de 2017 o Brasil registrou sua maior epidemia de febre amarela (FA), nas últimas décadas, atingindo majoritariamente a região sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro). A FA é causada pelo vírus amarílico, um flavivírus, geralmente transmitido por vetores silvestres (mosquitos Haemagogus e Sabethes). Na ocorrência do ciclo urbano, erradicado no Brasil desde a década de 40, a transmissão se dá pelo mosquito Aedes aegypti. Primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus amarílico, e constituem \201Csentinelas\201D no que tange a vigilância da FA. A maioria dos casos em humanos (40% a 65%) apresentam a forma leve ou assintomática da doença. Entretanto, 30% a 50% dos que apresentam a forma grave evoluem a óbito. Esta tese, apresentada em artigos, investigou os aspectos clínicos e epidemiológicos da epidemia de FA ocorrida em 2017 no estado do Espírito Santo (ES). Um primeiro estudo descritivo iniciado ainda em 2017, caracterizou os casos confirmados, com maior ocorrência em homens de ocupação rural e faixa de idade de 40 a 49 anos. O segundo artigo analisou a ocorrência de clusters espaço-temporais de casos humanos e epizootias, identificando 5 clusters com significância estatística em cada grupo, revelando que em algumas regiões a ocorrência de epizootias e casos em humanos foram simultâneas e que a entrada do vírus no ES se deu por duas regiões distintas, contribuindo para rápida disseminação. O terceiro artigo analisou dados clínicos e laboratoriais em uma coorte de internados com FA, com análise longitudinal que permitiu comparar os parâmetros de evolução entre óbitos e sobreviventes. Identificou a TGO, INR e BD como marcadores de maior predição para óbito por FA. Também identificou importante comprometimento renal desde o início da infecção entre os pacientes que evoluíram a óbito, e que não houve diferença no tempo entre o início dos sintomas e a internação entre quem foi a óbito ou sobreviveu. Em um quarto artigo, essa tese avaliou as ações de controle e prevenção desencadeadas no curso da epidemia no ES, nas diferentes vertentes da vigilância da FA (epidemiologia, imunização, epizootias, entomologia), assim como a incidência de EAPV de FA, destacando que o estado não era área com recomendação para vacina. Foi possível reconhecer avanços, apontar algumas medidas tardias e lacunas na vigilância que necessitam melhorias. Assim, este estudo permitiu elucidar algumas questões acerca da dinâmica da circulação da FA, evolução clínica da doença, e consolidar a vigilância da FA no ES.
Resumo em Inglês
In the first half of 2017, Brazil recorded its greatest yellow fever (YF) epidemic in recent decades, mostly affecting the Southeastern region (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo and Rio de Janeiro). The YF is caused by the yellow fever virus, a flavivirus, usually transmitted by wild vectors (Haemagogus and Sabethes mosquitoes). In the occurrence of the urban cycle, eradicated in Brazil since the 1940s, the transmission occurs through the mosquito Aedes aegypti. Non-human primates are the main hosts of the yellow fever virus, and are \201Csentinels\201D when it comes to surveillance of YF. Most of the cases in humans (40% to 65%) have a mild or asymptomatic form of the disease. However, 30% to 50% of those who have the severe form die. This thesis, presented in articles, investigated the clinical and epidemiological aspects of the YF epidemic that occurred in 2017 in the state of Espírito Santo (ES). A first descriptive study started in 2017, characterized confirmed cases, with a higher occurrence in men of rural occupation and aged 40 to 49 years. The second article analyzed the occurrence of spatio temporal clusters of human cases and epizootics, identifying 5 clusters with statistical significance in each group, revealing that in some regions the occurrence of epizootics and cases in humans were simultaneous and that the entry of the virus in ES took place in two distinct regions, contributing to rapid dissemination. The third article analyzed clinical and laboratory data in a cohort of inpatients with YF, with a longitudinal analysis that allowed to compare the evolution parameters between deaths and survivors. It identified AST, INR and DB as the most predictive markers for death from YF. It also identified important renal impairment since the beginning of the infection among patients who died, and that there was no difference in the time between the onset of symptoms and the hospital stay between those who died or survived. In a fourth article, this thesis evaluated the control and prevention actions triggered in the course of the epidemic in ES, in the different aspects of YF surveillance (epidemiology, immunization, epizootics, entomology), as well as the incidence of AEPV in YF, highlighting that the state was not an area with a vaccine recommendation. It was possible to recognize advances, to point out some late measures and gaps in surveillance that need improvement. Thus, this study allowed to elucidate some questions about the dynamics of YF circulation, clinical evolution of the disease, and to consolidate the surveillance of YF in ES.
Palavras-chave
Febre AmarelaVacina Contra Febre Amarela
Vigilância Epidemiológica
Epidemias
Fatores de Risco
Prognóstico
Palavras-chave em inglês
Yellow FeverYellow Fever Vaccine
Epidemiologic Surveillance
Epidemics
Risk Factors
Prognosis
DeCS
Febre AmarelaVacina contra Febre Amarela
Monitoramento Epidemiológico
Fatores de Risco
Prognóstico
Epidemiologia Descritiva
Análise Espaço-Temporal
Estudos Longitudinais
Evolução Clínica
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