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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4683
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DissertaçãoDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
02 Fome zero e agricultura sustentável08 Trabalho decente e crescimento econômico
11 Cidades e comunidades sustentáveis
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ORGANIZAÇÃO SOCIAL E ESTRATÉGIAS ALIMENTARES DE SOBREVIVÊNCIA EM ACAMPAMENTO DO MOVIMENTO SEM TERRA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Esteves, Thais Vieira | Data do documento:
2002
Título alternativo
Social organization and strategies you will feed of survival in accompaniment of the movement without land, State of the Rio de JaneiroAutor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
O presente trabalho procura estudar, no bojo da discussão sobre os movimentos
sociais e do debate sobre a Reforma Agrária, as formas de organização social de
população acampada em uma ocupação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra, identificando as estratégias de sobrevivência das famílias ocupantes.
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, usando métodos de análise qualiquantitativos, do grupo populacional residente no acampamento Oziel Alves, município
de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro. O acampamento ocupa uma área
de 3 mil hectares da Fazenda Cambaíba em processo administrativo com vistas à
desapropriação, cuja área encontra-se dividida em três núcleos de moradia. O estudo
iniciou-se com a caracterização histórica do processo de luta pela terra feita através de
entrevistas com as lideranças locais. Dada a necessidade de composição de amostra, a
população acampada foi estratificada a partir dos núcleos de moradia, produzindo uma
amostra que correspondeu a 22% das famílias residentes no acampamento. O
questionário utilizado com as famílias constou de perguntas abertas e fechadas onde
foram abordadas questões relativas ao processo de luta pela terra, características
demográficas da família e informações sobre trabalho, saúde e alimentação. Observouse com as entrevistas, entre outras questões, que: os acampados desenvolvem o cultivo
de diversos tipos de gêneros alimentícios sendo estes principalmente destinados ao
consumo familiar; a dieta apresenta insuficiências quali-quantitativas, apesar dos
esforços em se assegurar uma satisfatória condição alimentar; e a relação entre a saúde,
a alimentação e o trabalho foi objetivada na necessidade de disposição para execução de
atividades laborais, considerando o desgaste orgânico das tarefas desenvolvidas no
trabalho na agricultura. Os sem-terra acampados apontam, em suas falas e ações, a
vontade de construir novas formas de organização e existência humana, livres da
marginalização e da exclusão social.
Resumo em Inglês
The objective of the present study was to describe the social organization of a
population camped in an occupation organized by the Landless Rural Worker
Movement, and to identify the work and the feeding strategies of survival of the camped
families. This is a descriptive cross-sectional study, using quali-quantitative methods of
analysis of the group of residents in the Oziel Alves camp located in Campos dos
Goytacazes, Rio de Janeiro State. The camp occupies an area of three thousand hectares
of Cambaíba’s farm in the legal process of dispossession, which was divided into three
housing nuclei. Interviews were conducted with the local leaderships and a sample of
22% of the indwelling families to understand the historical characterization of the
fighting process for the land. Questionnaires with open-end questions were also used in
the interviews with the families to obtain information on their demographics, work,
health and feeding characteristics. Among other issues, it was observed that: the
indwellers grow different types of foodstuffs mainly for familial consumption; the diet
presents some quali-quantitative limitations despite the efforts to assure their food
safety; and the relation between the health, the feeding and the work was aimed at
providing energy for the agricultural activities. The landless camped workers show in
their speech and actions the will to construct new forms of organization and human
existence far from the social exclusion.
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