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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4377
A UTILIZAÇAO DE TECNOLOGIA COMPUTADORIZADA PARA COLETA DE INFORMAÇÕES SOBRE COMPORTAMENTOS SOCIAIS ESTIGMATIZADOS E/OU ILEGAIS: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO EM UM CENTRO DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS
Uso de Drogas
HIV/AIDS
Infecção Sexualmente Transmissivel
Comportamento de Risco
Brasil
Therapy, Computer-Assisted
Substance-Related Disorders
Sexually Transmitted Diseases
HIV
Acquired Immunodeficiency Syndrome
Risk-Taking
Brazil
Terapia Assistida por Computador
Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias
Doenças Sexualmente Transmissíveis
HIV
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Assunção de Riscos
Brasil
Simões, Anna Maria Azevedo | Data do documento:
2005
Título alternativo
Utilization of technology computerized for collection of information about social behaviors branded and/or illegal: randomized trial in a center of handling and prevention to the use of drugsAutor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
A preocupação com a fidedignidade das respostas em questionários que envolvem comportamentos passíveis de julgamento, crítica ou estigma tem estimulado o desenvolvimento de métodos alternativos de coleta de informações. A estratégia de coleta de informações por meio da tecnologia computadorizada tem demonstrado vantagens (frente àqueles envolvendo entrevistadores) no que diz respeito à fidedignidade das
respostas e imediato processamento & análise de dados. Na entrevista computadorizada, os participantes visualizam as perguntas e repostas na tela de um laptop, ouvem perguntas e respostas em um fone de ouvido e respondem às perguntas utilizando o teclado, o mouse ou
através de toques na própria tela.
Procedeu-se a uma revisão da literatura que resultou no artigo: “Audio ComputerAssisted Interview (ACASI): Uma Nova Tecnologia em Avaliação de Comportamento de Risco em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV e Uso de Drogas”. Os estudos revisados foram classificados de acordo com o seu objetivo principal: aqueles que comparavam o ACASI com outros modos de entrevista e os que avaliavam a aceitação e
viabilidade de emprego deste modo de entrevista. Os estudos foram conduzidos em diversos contextos e populações, e evidenciaram que a confiabilidade deste modo de entrevista foi mais elevada quando empregado na avaliação de comportamentos passíveis
de julgamento social. Os estudos de aceitabilidade evidenciam que a utilização da tecnologia computadorizada − presente na vida dos indivíduos comuns − não envolve dificuldades que impossibilitem o manuseio, e permite aos entrevistados uma maior privacidade, reduzindo as barreiras psicológicas quanto a comportamentos socialmente indesejáveis.
O segundo artigo: “A Randomized Trial of Audio Computer Self Interview (ACASI) and Face-To-Face Interview to Assess Risk among Drug and Alcohol Users Entering Treatment in Rio de Janeiro” procede de um estudo clínico randomizado, comparando o ACASI e entrevistas face-a-face, abrangendo 735 usuários de drogas que demandavam
tratamento no Centro Estadual de Tratamento e Reabilitação de Adictos (CENTRA-RIO), da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Dos 735 pacientes entrevistados, 367 responderam ao ACASI e 368 à entrevista face-a-face. Não foram evidenciadas diferenças significativas com relação às características sócio-demográficas nos dois braços. Por outro
lado, os entrevistados pelo ACASI reportaram mais freqüentemente uso de drogas e comportamentos sexuais de risco. Entre dez substâncias psicoativas pesquisadas, sete foram mais freqüentemente relatadas através do método ACASI, mensurado através de “odds ratio” (ORs), brutos e ajustados, e respectivos intervalos de confiança. As prevalências de
práticas sexuais de risco (sexo comercial e relação homossexual masculina) também foram mais freqüentemente relatadas entre os respondentes do método ACASI.
Ainda como parte do estudo, 268 entrevistados do método ACASI responderam a um questionário auto-administrado com questões sobre: dificuldades no manejo do computador; modo de entrevista que melhor protege a privacidade e produzem respostas mais honestas, além do modo de entrevista que gostariam de usar em futuros estudos. As dificuldades apontadas foram pouco freqüentes (referidas por <10% dos entrevistados).
Apenas a baixa escolaridade se mostrou associada a dificuldades no manuseio do ACASI. O ACASI foi percebido, pelos participantes, como uma alternativa que favorece a proteção da confidencialidade e que é capaz de produzir respostas mais honestas.
Resumo em Inglês
It is of key relevance to obtain reliable responses while applying questionnaires highlighting sensitive and stigmatized behaviors. This challenge has motivated researchers to develop new methods of data collection. A growing body of research suggests that accuracy in reporting such behaviors can be significantly enhanced with the use of audio
assisted computer self interview (ACASI). On the ACASI the respondents can view questions on the computer’s screen while listening (through headphones) to them being read by a recorded human voice and answer to them by using a keyboard, a mouse or touch screen.
As an initial approach, we reviewed the literature related to ACASI studies and published the article: “Audio Computer-Assisted Interview (ACASI): Uma Nova Tecnologia em Avaliação de Comportamento de Risco em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV e Uso de Drogas” [in Portuguese]. The studies under review were divided in two types: those aiming to compare ACASI with another mode of interview and those aiming to evaluate the acceptability and feasibility of ACASI. The studies were conducted in a variety of research settings and with different populations. The studies compared and contrasted by the review made evident that ACASI enhances
reliability when used to assess behaviors that can be considered socially embarrassing or illegal. The acceptability studies showed that such computer-based technology easily found in ordinary tasks of daily life poses no substantial challenge for the interviewees and reduces psychological barriers linked to the collection of sensitive health-related information, increasing its reliability.
The second article: “A Randomized Trial of Audio Computer Assisted Self
Interview (ACASI) and Face-to-Face to Assess Risk Among Drug and Alcohol Users Entering Treatment in Rio de Janeiro, Brazil” compared drug consuming patterns and the prevalence of risk behaviors using two different methods of administration in a randomized trial: ACASI versus face-to-face interview among drug users seeking treatment in a drug treatment center. Seven hundred thirty-five volunteers were randomized, 367 in ACASI and
368 in the face-to-face arm. No significant difference was found in both arms respecting socio-demographic parameters. On the other hand, those who were interviewed by ACASI were more likely to report the use of illicit drugs and risky sexual behaviors. For each of the ten psychoactive drugs under assessment the reporting rates were higher among those assigned to ACASI. For seven among 10 of those drugs, such difference reached statistical significance, using both unadjusted and adjusted odds ratios. In the same sense, higher rates of commercial sex and men having sex with men were reported among those assigned to the ACASI assessment vis-à-vis face-to-face interviews.
As part of the study and addressed by a 3rd paper, 268 participants who completed the ACASI arm were assessed, using a self-administered acceptability questionnaire. The questionnaire contained questions related to: problems in managing the computer; which mode of interview best protected the privacy of responses; which mode would elicit the
most honest answers; and which mode subjects would prefer for future interviews. Problems on handling the computer were seldom reported (<10% of the interviewees). Only “lower educational level” was found to be associated to difficulties on managing the computer. ACASI was considered, by the participants, able to keep better the privacy and a way to foster honest responses.
Palavras-chave
ACASIUso de Drogas
HIV/AIDS
Infecção Sexualmente Transmissivel
Comportamento de Risco
Brasil
Palavras-chave em inglês
Information SystemsTherapy, Computer-Assisted
Substance-Related Disorders
Sexually Transmitted Diseases
HIV
Acquired Immunodeficiency Syndrome
Risk-Taking
Brazil
DeCS
Sistemas de InformaçãoTerapia Assistida por Computador
Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias
Doenças Sexualmente Transmissíveis
HIV
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Assunção de Riscos
Brasil
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