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FATORES ASSOCIADOS AO USO DO PRESERVATIVO MASCULINO ENTRE MULHERES BRASILEIRAS
Doenças Transmissíveis
Preservativos
Mulheres
Profilaxia Pós-Exposição
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Resumo
Introdução: Mulheres estão expostas ao HIV, fundamentalmente, por meio de relações sexuais. As razões que as levam prevenir-se estão pouco estudadas em âmbito populacional. Estimamos a frequência de uso do preservativo masculino entre as brasileiras e fatores associados ao não uso, discutindo os resultados frente à política de prevenção.
Métodos: Inquérito domiciliar, amostra probabilística de 667 brasileiras (15 anos ou mais), realizado em 2010, pela Fundação Perseu Abramo e SESC. Analisaram-se 5 dimensões: sociodemográfica; história sexual; relacionamento e vínculo com parceiro; contexto privado e contracepção; e percepções sobre a mulher na sociedade. Para estimar as medidas efeito (odds ratio) empregou-se modelo hierárquico (p<0,05).
Resultados: O uso do preservativo na última relação foi de 28%, sendo a menor frequencia observada em mulheres com 45 anos ou mais (82%), ensino fundamental (81%), renda familiar até 1 salário (80%), que tinham marido (86%), filhos (79%), parceiro único na vida (82%), última relação com parceiro estável (78%), na última semana (78%) e utilizam outro método contraceptivo (64%).
As razões para não uso estiveram associadas a ter tido relação sexual com parceiro estável (OR=3,67; I95%C:1,57-8,56); com marido (OR=3,51; I95%C:1,47-8,40); ter sofrido violência psíquica ou verbal (OR=2,48; I95%C:1,22-5,01); não escolher o preservativo para contracepção (OR=69,47; I95%C:32,27-149,56); avaliar que ser mulher hoje é pior que há 20 anos (OR=2,30; I95%C:1,09-4,85); e ser católica praticante (OR=2,2; I95%C:1,0-4,5). O não uso não esteve associado a idade, cor, escolaridade, renda, ter filho, relações antes dos 15 anos, número de parceiros na vida, frequência das relações sexuais, outras situações de violência, tipo de agressor, satisfação com a sexualidade ou outras dimensões da vida.
Considerações
Razões para o não uso do preservativo estão relacionadas ao tipo de vínculo com o parceiro, escolha contraceptiva, avaliação da inserção da mulher na sociedade, exposição à violência e prática religiosa. Tais razões prevalecem sobre aspectos sociodemográficos, reforçando que as possibilidades das mulheres protegerem-se estão sujeitas às assimetrias de gênero. Indicam a necessidade de estratégias preventivas que dialoguem com a realidade da maioria das mulheres (relações estáveis e vínculo afetivo), considerando: oferta de preservativos como contracepção, associados a anticoncepcionais de emergência; testagem mútua; e profilaxia pós-exposição.
DeCS
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Mulheres
Profilaxia Pós-Exposição
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