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"SABERES, TRADIÇÕES E CIÊNCIA: POLÍTICAS DO PARTO E SUAS CONTRADIÇÕES"
Pereira, Felipe Medeiros | Fecha del documento:
2017
Autor
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas em Saúde. Brasília, DF, Brasil.
Resumen en portugues
A contribuição que procuro trazer para o GT é baseada na pesquisa
etnográfica que venho desenvolvendo no Mestrado em Políticas Públicas em
Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, Brasília. A proposta do nosso programa de
pós-graduação é discutir e produzir conhecimentos sobre o Sistema Único de
Saúde com objetivo de reduzir as iniquidades em saúde. Nesse escopo, venho
acompanhando desde 2016 as atividades do Coletivo Eu Livre, principalmente a
roda de gestantes Prosas Paridas, que acontecem desde 2013 na ocupação
cultural Mercado Sul, em Taguatinga. As rodas são mediadas por parteiras pósmodernas
(DAVIS-FLOYD, 2001), com objetivo de oferecer às mulheres os
conhecimentos tradicionais que a biomedicina perseguiu sistematicamente. A
partir dessa perspectiva, discuto as políticas de saúde que impactam o universo
do partejar, particularmente a Política Nacional de Humanização do Parto e do
Nascimento, problematizando as frágeis relações que Estado e Ciência
estabelecem com a Sociedade. O legado deixado pelas estruturas patriarcais
que ainda influenciam nossas políticas e a formação de profissionais de saúde
deve ser superado para que possamos um dia alcançar um sistema obstétrico
que seja realmente focado na mulher, oferecendo a elas os saberes femininos
que vêm sendo resgatados pelo trabalho das parteiras. A biomedicina tem seu
lugar tanto do ponto de vista clínico como científico, mas não é ferramenta que
deve protagonizar os cuidados às gestantes.
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