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Trabalhos apresentados em eventosDireito Autoral
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
10 Redução das desigualdadesColeções
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ESTIGMA DA AIDS ENTRE USUÁRIOS DE PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO SEXUAL AO HIV (PEP SEXUAL): RESULTADOS DO ESTUDO COMBINA!
Autor(es)
Afiliação
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Escola Fiocruz de Governo. Brasília, DF, Brasil / Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil / Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS. São Paulo, SP, Brasil / Universidade Católica de Santos. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Santos, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil / Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS. São Paulo, SP, Brasil / Universidade Católica de Santos. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Santos, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil.
Resumo
A história da aids é atravessada pela luta contra a estigmatização
das pessoas que vivem com HIV e de grupos mais vulneráveis à infecção,
como homossexuais e trabalhadoras do sexo. Sabe-se que o estigma da aids é
um importante obstáculo ao cuidado, limitando, ente outros, a intenção de uso
das profilaxias para o HIV. O objetivo deste estudo foi compreender como
processos de estigmatização associados à aids estão presentes na experiência
do uso da profilaxia pós-exposição sexual ao HIV (PEP sexual). Baseamo-nos
em dados do componente qualitativo do Estudo Combina!, coletados por meio
de entrevistas em profundidade com 54 pessoas que buscaram
espontaneamente PEP sexual em cinco serviços públicos de saúde, entre 2015
e 2016. Os dados foram organizados conforme as categorias temáticas que
emergiram na leitura exaustiva, com apoio do Software NVivo. Posteriormente,
foi realizada análise temática de conteúdo. Os resultados mostram que o
estigma da aids com frequência interfere na experiência de uso da PEP sexual.
Os entrevistados adotaram estratégias para não revelar que estão em uso da
profilaxia, o que significou, principalmente, cuidados para esconder o uso da
medicação, sobretudo da família. Visavam, com isso evitar serem
"confundidos" com quem tem HIV, mas também se proteger da revelação de
outras condições envolvidas no exercício da sexualidade e que levaram à
busca da profilaxia, como a homossexualidade, o trabalho sexual e a sorologia
positiva do parceiro. Uma entrevistada narrou ter sido discriminada como uma
pessoa vivendo com HIV quando colegas de trabalho sexual descobriram o uso
dos antirretrovirais. Em síntese, o estigma da aids permeia tanto a busca como o uso da PEP, contribuindo para invisibilidade e subutilização do método. Há,
portanto, necessidade de integrar intervenções sociais focadas no
enfrentamento do estigma à implantação de tecnologias de prevenção
baseadas no uso de antirretrovirais.
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