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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43608
AVALIAÇÃO DO USO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS ASSOCIADAS AO PRAZIQUANTEL NO CONTROLE DA INFLAMAÇÃO HEPÁTICA NA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI EXPERIMENTAL
Miranda, Vitor Hugo Simões | Data do documento:
2020
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Membros da banca
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Resumo
As células-tronco mesenquimais (CTM) ganharam atenção significativa no tratamento de diversas patologias devido a sua plasticidade, principalmente efetiva no reparo tecidual e controle da resposta inflamatória. O estudo dessas células no tratamento de enfermidades agravadas pela inflamação tem crescido ao longo dos anos. Neste trabalho investigamos o uso das CTM provenientes do tecido adiposo (CTM-TA) no controle da inflamação decorrente da esquistossomose mansoni, uma das doenças mais negligenciadas no mundo. Atualmente, o praziquantel (PZQ) é eficaz para tratar a esquistossomose. Contudo, reações granulomatosas aos ovos retidos no fígado podem persistir por meses ou anos, retardando a recuperação do paciente. Intervenções terapêuticas capazes de modular a reação granulomatosa poderiam reduzir significativas lesões hepáticas e acelerar a recuperação de órgãos acometidos pelo S. mansoni. Neste estudo, analisamos um protocolo terapêutico tratando camundongos C57BL/6 com uma dose única de PZQ via oral e, após 30 dias, uma dose única de CTM-TA, via intravenosa. A eficácia da terapêutica combinada foi avaliada após 8 e 15 dias da injeção de CTM-TA por meio de análises imunológicas e morfofisiológicas do fígado. Nossos experimentos mostraram após 15 dias da injeção de CTM-TA: 1- redução significativa do número e tamanho dos granulomas hepáticos; 2- baixa variabilidade celular dos granulomas; 3- redução significativa dos danos no fígado medidos pelos níveis de alanina aminotransferase (ALT). Em conjunto, os resultados confirmaram a hipótese deste estudo: “as CTM-TA associadas ao PZQ podem reduzir a reação granulomatosa promovendo melhor recuperação morfofisiológica hepática”. Assim, nosso estudo suporta o uso de CTM em associação ao PZQ para o tratamento da morbidade na esquistossomose mansoni e motivam a avaliação dessas células para novas abordagens terapêuticas em outras doenças infecciosas e parasitárias, bem como distúrbios hepáticos.
Resumo em Inglês
The mesenchymal stem cells (MSC) have been considered useful to the treatment of several pathologies due to its plasticity, mainly effective on tissue repair and to control of the inflammatory response. Moreover, the role of MSC in the treatment of illnesses aggravated by exacerbated inflammation processes has been studied over the years. In this study, we investigated the use of adipose tissue derived stem cells (ASC) to control the inflammation in schistosomiasis mansoni. Nowadays, the drug praziquantel (PZQ) is effectively used to treat the schistosomiasis. However, the granulomatous reactions to the eggs retained in the liver can persist for months or years, retarding the patient's recovery. Additional therapeutic interventions able to modulate the granulomatous reaction would reduce significant liver damage and to accelerate the recovery of organs affected by S. mansoni. Here, we analyzed a therapeutic protocol treating C57BL/6 mice with a single oral dose of PZQ and, after 30 days, a single intravenous dose of ASC. The efficacy of this associated therapy was evaluated 8 and 15 days after the ASC injection by immunological and morphophysiological analyzes of the liver. Our experiments shown, 15 days after the ASC injection: 1- a significant reduction in the number and size of liver granulomas; 2- low cell variability of granulomas, and; 3- a significant reduction of liver damage as measured by ALT levels. Taken together, the results confirmed the hypothesis of this study: "After parasitic control, ASC combined to PZQ can reduce the granulomatous reaction, promoting a better hepatic morphophysiological recovery". Thus, our study supports the use of MSC in association with PZQ for the treatment of schistosomiasis mansoni morbidity and would stimulate the evaluation of these cells as new therapeutic strategy to treat other infectious and parasitic diseases, as well as liver disorders.
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