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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39524
Tipo de documento
Trabalhos apresentados em eventosDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
16 Paz, Justiça e Instituições EficazesColeções
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VIOLÊNCIA NA GESTAÇÃO E REDE DE APOIO
Afiliação
Governo do Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Brasília, DF, Brasil.
Governo do Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Brasília, DF, Brasil.
Governo do Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Brasília, DF, Brasil.
Resumo
Introdução: A violência é um fenômeno complexo e multifacetado. Assim, a ruptura com situações desta natureza é processual. Cada mulher tem seu tempo para reunir as condições necessárias à ruptura do ciclo de violência (SOARES, 2005). Todavia, é imprescindível que seja disponibilizado o suporte e apoio de modo a contribuir no fortalecimento das mulheres que vivenciam situações de violência. Objetivos: Identificar a rede de apoio das mulheres que vivenciaram situações de violência durante a gestação. Metodologia: Este estudo compõe uma pesquisa mais ampla sobre a violência contra gestante praticada por parceiro íntimo, cujos dados foram coletados e analisados por meio de técnicas quanti e qualitativas. Na coleta de dados, realizada entre Junho e Agosto de 2015, foi utilizado o Abuse Assessment Screen (AAS), instrumento validado no Brasil para o questionamento sobre violência contra a gestante (REICHENHEIM, et al. 2000). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP –, por meio do parecer nº. 40678314.7.0000.5553. Discussão dos resultados: O estudo foi realizado com 179 gestantes que frequentaram uma unidade básica de saúde do Distrito Federal e consentiram participar da pesquisa. Destas, 33,1% afirmaram ter vivenciado violência por parceiro íntimo ou alguém importante em algum momento da vida e 8,4% mencionaram vivência de violência física ou sexual durante a gestação. Em relação à rede de apoio primária, 75% contaram com o suporte de familiares. Apenas 10,7% das gestantes procuram algum estabelecimento de saúde diante da violência, principalmente unidade básica saúde e hospital. Outras instituições foram demandas por 31,3% das mulheres diante da situação de violência como Delegacia de Polícia, Ministério Público, Tribunal de Justiça, sendo que, em alguns, casos mais de uma instituição foi citada. A violência é tratada como uma questão que deve ser resolvida no âmbito da justiça. Mas, as unidades de saúde, em especial a atenção básica, tem um papel fundamental no enfretamento, prevenção das situações de violência e promoção da saúde. No entanto, este é um tema que ainda permanece invisibilizado no contexto da saúde, mesmo ocorrendo de maneira recorrente, e da mulher ter diversos contatos com a equipe durante o pré-natal. Conclusão: A complexidade do fenômeno da violência exige a articulação da rede de apoio primária e secundária em seu enfrentamento. As intervenções compartimentalizadas e dissociadas de discussões e intervenções multiprofissionais e intersetoriais restringem as possibilidades de ação e enfraquecem as estratégias de empoderamento das mulheres e ruptura com as situações de violência.
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