Estudo da rede de urgência e emergência nos estados do Centro-Oeste Brasileiro, considerando investimentos e custeios de UPA 24 H e SAMU 192 em relação à oferta e população atendida

Abstract

Resumo: Este trabalho faz parte de um levantamento de dados que possibilitou realizar um estudo analítico descritivo da atenção à saúde dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, considerando os recursos disponibilizados para a Rede de Urgência e Emergência (RUE), em particular para os componentes, Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24H) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Objetivos: Conhecer a oferta de serviços por meio da sua relação com o suporte financeiro empregado pelo gestor Federal, destinados a investimentos e custeio de UPA 24H e SAMU 192 com base nos desenhos dos planos de ação das redes de urgência e emergência e cobertura populacional. Metodologia: Análise das propostas dos planos de Ação elaborados pelos estados e municípios, bem como análise dos recursos disponibilizados pelo Gestor Federal para a estrutura atualmente existente. Sendo utilizado para o levantamento, dados provenientes do Sistema de Média e Alta complexidade (SISMAC) e Sala de Apoio à Gestão (SAGE), ambos ferramentas do Ministério da Saúde. Resultados: A RUE ainda está, em parte, em construção nos três estados. Com exceção do SAMU em Goiás que abrange 100% da população, os demais estão com menos de 62% de cobertura. Em termos de UPA 24 horas, os estados apresentam mais de 40% das unidades em construção, sendo, portanto, a atual oferta ainda insuficiente para a necessidade. Conclusão: Visto que os Planos de Ação são relativamente novos e há inúmeras obras ocorrendo para a disponibilidade de oferta de mais UPA 24H para a população, a pesquisa demonstrou que os recursos de investimentos estão sendo repassados conforme cada estágio de obra, mesmo que necessariamente, tendo finalizadas, elas só vão iniciar as atividades após o recebimento de recurso para a compra de equipamentos. Esta última etapa é preocupante dada a situação econômica do país e a contingência de recursos para a Saúde.