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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3850
MÍDIA E PANDEMIA: OS SENTIDOS DO MEDO NA COBERTURA DE INFLUENZA H1N1 NOS JORNAIS CARIOCAS
Título alternativo
Media and pandemics: The meanings of fear at 2009 H1N1 Influenza coverage in de Rio de Janeiro newspapersAutor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de comunicação Cientifica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de comunicação Cientifica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de comunicação Cientifica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre os modos pelos quais os jornais O Globo e O Dia construíram sentidos relativos à Influenza H1N1 em 2009. Buscamos identificar como esta cobertura construiu a narrativa sobre a pandemia, quais os sentimentos mobilizados e as eventuais demandas
suscitadas. Identificamos que um dos principais sentimentos encontrados foi o “medo”, devido ao caráter de “novidade”, “imprevisibilidade” e a forte expectativa de letalidade apresentada. Um outro ponto importante esteve vinculado à atuação do poder público no enfrentamento da pandemia , onde o medo ora servia como justificativa para a atuação das autoridades, ora era a base para a sua desqualificação, aparecendo como fonte mesma de insegurança. A ele estavam associados outros sentimentos, como desproteção e indignação, gerando demandas por ação. No entanto, tratava-se de uma reivindicação que desqualificava a esfera da política, reforçando o espaço dos jornais como o grande lugar legítimo para tal.
Resumo em Inglês
This article seeks to investigate the meanings of the 2009 H1N1 Influenza in two Rio de Janeiro newspapers coverage: O Globo and O Dia. The goal is to identify how this coverage shaped a narrative about the pandemic, which emotions were mobilized and what demands were raised. The
findings show that “fear” was one of the main feelings presented, due to the disease’s “novelty”, “unpredictability” and the strong expectation of lethality presented. Another important element was authorities’ image concerning to how they faced the disease. Fear was both an excuse for their action
and the basis for its disqualification, appearing as the very source of insecurity. Fear was associated to other feelings such as insecurity and indignation, generating demands to authorities actions. However, this claim disqualified the sphere of politics, reinforcing the newspapers authority as the legitimate for such claims.
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