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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38467
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Trabalhos apresentados em eventosDireito Autoral
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IMPLICAÇÕES SUBJETIVAS DO TRABALHO DE TÉCNICOS EM ENFERMAGEM DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
Trabalho contemporâneo
Subjetividade dos trabalhadores
Intensificação
Precarização
Cultura fragmentária
Capitalismo flexível
Estranhamento
Sofrimento
Penosidades
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal de Brasília. Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares. Núcleo de Estudos em Saúde Pública. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal de Brasília. Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares. Núcleo de Estudos em Saúde Pública. Brasília, DF, Brasil.
Resumo
O texto trata da dimensão subjetiva do trabalho contemporâneo, caracterizado pela intensificação e precarização. A gestão do trabalho que expressa a cultura fragmentária caracterizam o capitalismo flexível apela para a subjetividade dos trabalhadores, produzindo estranhamento e sofrimento ou penosidades para o trabalhador. Analisa aspectos do cotidiano de trabalho desses profissionais e suas percpções sobre as rotinas e práticas de trabalho. Trata das repercussões objetivas e subjetivas sobre os trabalhadores dos atuais formatos de gestão do trabalho em saúde. O artigo baseado no material empírico coletado no âmbito de dois estudos: "Trajetórias Educacionais e Ocupacionais de Trabalhadores Técnicos em Saúde no Brasil", no âmbito do Observatório dos Técnicos em Saúde (Lateps/EPSJV/Fiocruz), com foco nos técnicos em enfermagem da atenção básica; e “Problemas e desafios do trabalho contemporâneo de profissionais de saúde em hospitais: estudos Brasil, França e Argélia” (Dpto Saúde Coletiva UNB) desenvolvido com técnicos da mesma área de dois hospitais universitários de Brasília. Foram realizadas cerca de 200 entrevistas aprofundadas, submetidas à análise de conteúdo, na sua versão temática. A gestão do trabalho apela à subjetividade do trabalhador com o objetivo de obter sua adesão ativa a um pacote ideológico cuja principal ideia-força é flexibilidade na mobilização da força de trabalho, em um momento de acelerada perda de direitos trabalhistas. Fica claro que, na maior parte dos casos, os trabalhadores se esforçam para fazer o melhor e esperam que essa contribuição seja reconhecida. A ausência desse retorno resulta em sofrimento devido à desestabilização do referencial em que se apoia a subjetividade. A nova cultura do trabalho tende a desconsiderar qualificações formadas no paradigma taylorista-fordista de organização do trabalho e a valorizar o trabalhador multifuncional. O cotidiano laboral dos entrevistados é marcado por dificuldades, frustrações e sofrimento que expressam como as políticas voltadas para o trabalho, a educação e a gestão na saúde estão imbuídos da ideologia e da cultura do atual capitalismo brasileiro, estão, de modo geral, afastados de seus interesses, necessidades, dificuldades e aspirações dos trabalhadores.
Palavras-chave
Gestão do trabalhoTrabalho contemporâneo
Subjetividade dos trabalhadores
Intensificação
Precarização
Cultura fragmentária
Capitalismo flexível
Estranhamento
Sofrimento
Penosidades
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