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GASTOS PÚBLICOS COM MEDICAMENTOS ANTIDEPRESSIVOS, ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS-SEDATIVOS EM MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE DE 2010 A 2015
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Resumo
Os medicamentos antidepressivos, ansiolíticos, hipnóticos e sedativos são os mais utilizados no tratamento dos transtornos mentais no mundo. Os gastos públicos com itens dessas classes no Austrália e na Espanha representam 10,1% a 6,1%, respectivamente. Entretanto, existem poucos estudos nacionais que avaliem os gastos públicos com essas classes. O objetivo do trabalho é apresentar o perfil dos gastos públicos com medicamentos ansiolíticos, antidepressivos, hipnóticos e sedativos no estado de Minas Gerais no período de 2010 a 2015. Estudo de Utilização de Medicamentos (EUM) longitudinal retrospectivo cuja fonte de dados é o Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços de Minas Gerais (SIAD-MG). As compras foram agregadas por gasto e volume para cada ano entre 2010 e 2015. Os valores em Reais (BRL) foram atualizados para 31 de dezembro de 2015 com base do Índice Nacional Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Foram estimados os gastos e volumes totais, por subgrupos farmacológicos e por fármacos adquiridos. Foi também avaliada a inclusão dos produtos adquiridos na Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (RESME) de considerando vigente para cada ano a lista do ano anterior (2009 a 2014). Entre 2010 a 2015 foram gastos R$ 80,6 milhões de reais com a aquisição de mais de 1 bilhão de unidades correspondentes à 37 medicamentos das classes analisadas em Minas Gerais. 8 medicamentos dos três subgrupos foram identificados na RESME no período. Os antidepressivos foram responsáveis pelo maior gasto (R$ 71,8 milhões ou 89,1% do total) e volume (79,1%), seguidos dos ansiolíticos que responderam por 20,8% do volume adquirido totalizando R$ 6,4 milhões (7,9%) em gastos. Fluoxetina, Clomipramina e Nortriptilina responderam por 63% do gasto no período analisado (R$ 50,8 milhões). Em relação ao volume, os principais responsáveis foram Fluoxetina e Amitriptilina com 58% do total adquirido. Conclusões/ConsideraçõesO aumento mais acentuado dos gastos em relação ao volume sinaliza a necessidade de se aprimorar os mecanismos de compra. A concentração do gasto e volume nos antidepressivos indica um possível aumento da utilização dos mesmos apesar de não haver inclusão desses fármacos na RESME no período, indica a necessidade de interlocução das ações das áreas de assistência farmacêutica e de saúde mental visando a promoção do uso racional de medicamentos.
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