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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38414
Tipo de documento
Trabalhos apresentados em eventosDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
03 Saúde e Bem-Estar08 Trabalho decente e crescimento econômico
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EXPRESSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE DIRIGENTES SINDICAIS: BUROCRATIZAÇÃO E O ESTRANHAMENTO DO TRABALHO
Precarização do trabalho
Agentes Comunitários de Saúde
Processo de reestruturação produtiva
Nogueira, Mariana Lima | Data do documento:
2018
Autor(es)
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em seu processo histórico de organização criaram entidades na luta contra a precarização do trabalho. Apesar de conquistarem leis federais que tratam do vínculo empregatício direto e o piso salarial nacional, seguem sofrendo impactos do avanço do processo de reestruturação produtiva na América Latina e da intensificação da precarização social do trabalho. Analisar a precarização do trabalho do ACS na perspectiva de dirigentes sindicais e de associações desta categoria profissional em sua relação com a reestruturação produtiva e com a intensificação da precarização social do trabalho no Brasil. Esta pesquisa é parte de tese de doutorado da autora concluída em 2017. Ancorada no materialismo histórico dialético realizaram-se, entre os anos 2013-2017, 20 entrevistas com dirigentes sindicais e de associações de trabalhadores, aplicou-se questionário a 105 ACS de diversas regiões do país (Tocantins, Pará, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina) e foram pesquisados documentos produzidos pela Confederação Nacional dos ACS. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A burocratização do trabalho foi relatada por todos e ratificada nos questionários: realização de atividades administrativas no interior da Unidades em detrimento do tempo para visitas domiciliares; indução do processo de trabalho para coleta de informações, preenchimento de sistemas de informação e metas a serem cumpridas; aumento da quantidade de instrumentos (fichas) e sistemas a preencher; avaliação sobre a quantidade de procedimentos e não da qualidade dos processos. Identificou-se o estranhamento da relação identitária do ACS reconhecer-se no trabalho que realiza no território: o processo de trabalho passa a ser orientado prioritariamente para demandas advindas do serviço de saúde. Dos efeitos da reestruturação produtiva, no processo de precarização social do trabalho do ACS, incluem-se: burocratização, desvio de função e o sofrimento no trabalho (com recorrente fala da “falta de tempo” para o território). Identificou-se o estranhamento no sentido do trabalho à medida que há transferências de mediações que são típicas do trabalho industrial para o setor de serviços, desafios a serem incluídos na luta sindical.
Palavras-chave
AnálisePrecarização do trabalho
Agentes Comunitários de Saúde
Processo de reestruturação produtiva
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