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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37710
Tipo
DisertaciónDerechos de autor
Acceso abierto
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2020-05-03
Objetivos de Desarrollo Sostenible
14 Vida na águaColecciones
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ACANTOCÉFALO DE ORTHOPRISTIS RUBER (CUVIER, 1830) (HAEMULIDAE): TAXONOMIA INTEGRATIVA, ULTRAESTRUTURA E VIABILIDADE COMO SENTINELA DE ECOSSISTEMA MARINHO
Oliveira, Lucas Keidel | Fecha del documento:
2019
Autor
Director
Afiliación
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumen en portugues
Orthopristis ruber, um peixe vulgarmente conhecido como cocoroca, tem ampla distribuição geográfica e já foi utilizado em testes de bioacumulação. Na Baía de Guanabara estes peixes são frequentemente encontrados parasitados por helmintos acantocéfalos do gênero Dollfusentis que apresentam dificuldades para separar espécies devido a sobreposição de caracteres morfológicos. Embora os acantocéfalos sejam empregados como bioindicadores ambientais, ainda não existem análises com acantocéfalos de peixes marinhos no Brasil. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise taxonômica integrativa de Dollfusentis sp. coletados de O. ruber na região da Urca, na Baía de Guanabara e investigar os elementos traço nos parasitos e tecidos do hospedeiro. Para fins taxonômicos, espécimes de Dollfusentis sp. foram coletados de O. ruber na Urca e Dollfusentis bravoae de Eugerres plumieri do México. Os espécimes foram medidos, sua ultraestrutura analisada por microscopia eletrônica de varredura e seu DNA foi extraído, amplificado e sequenciado. Os elementos traço foram analisados no material do Brasil através da microscopia eletrônica de varredura associada a espectroscopia por meio de energia dispersiva de raios X (MEV-EDS) A análise dos parasitos revelou a presença de nova espécie de Dollfusentis caracterizada por ter tronco armado com espinhos longos distribuídos do pescoço até quase o final do receptáculo da probóscida. A probócida longa tem 12-14 fileiras longitudinais com 16-17 ganchos e 8 ganchos ventrais crescentes. Os lemniscos ultrapassam o receptáculo. Aspectos ultraestruturais da nova espécie e de D. bravoae foram apresentados. Novas sequências de 18S rDNA, ITS1 5.8 e ITS2, 28S rDNA e COI mtDNA foram obtidas e depositadas no GenBank; árvores filogenéticas foram inferidas por máxima verossimilhança. A análise por MEV-EDS identificou 15 elementos nos parasitos e peixes: Carbono (C), Nitrogênio (N), Oxigênio (O), Magnésio (Mg), Alumínio (Al), Silício (Si), Fósforo (P), Enxofre (S), Potássio (K), Cálcio (Ca), Ferro (Fe), Zinco (Zn), Cloro (Cl), Cobre (Cu) e Sódio (Na). Nos acantocéfalos, Ca, Mg e Si podem estar relacionados a alta capacidade de contração dos parasitos. A comparação dos elementos essenciais reforçou a dinâmica de interação parasito-hospedeiro na captação por nutrientes onde Si, Zn e Cu foram mais prevalentes nos parasitos e Mg, P, K, Ca e Fe mais significativos nos peixes. A detecção do Al, nos acantocéfalos e peixes pode estar associada a contaminação ambiental regional. Os acantocéfalos mostraram ser mais sensíveis na detecção de Zn e Cu podendo ser considerados promissores sentinelas para monitoramento ambiental na região.
Resumen en ingles
Orthopristis ruber, a fish commonly known as grunt, has a wide geographical distribution, has already been used in bioaccumulation tests. In Guanabara Bay, these fish are frequently found parasitized by helminth acanthocephalans of the genus Dollfusentis, which presents taxonomic difficulties to separate species due to the overlapping of morphological characters. Although acanthocephalans are employed as environmental bioindicators, there are still no analyzes with acanthocephals of marine fish in Brazil. The objective of this study was to carry out an integrative taxonomic analysis of Dollfusentis sp. collected from O. ruber in the region of Urca, Guanabara Bay, and to investigate trace elements of host tissues and parasites. For comparative taxonomic purposes, specimens of Dollfusentis sp. were collected from O. ruber in Urca and Dollfusentis bravoae collected from Eugerres plumieri of Mexico. The specimens were measured, their ultrastructure analyzed by scanning electron microscopy and their DNA was extracted, amplified and sequenced. The trace elements were analyzed only in the Brazilian material through scanning electron microscopy associated with X-ray energy dispersive spectroscopy (SEM-EDS). The analysis of the acanthocephalans revealed the presence of a new species of Dollfusentis, which is characterized by having a trunk armed with long spines distributed from the neck to almost the end of the receptacle of the proboscis. The long proboscis has 12-14 longitudinal rows with 16-17 hooks and 8 crescent ventral hooks, and the lemnisci are longer than the receptacle. New genetic sequences of 18S rDNA, ITS1 5.8 and ITS2, 28S rDNA and COI mtDNA were obtained and deposited in GenBank. New ultrastructural aspects of the new species and D. bravoae were presented with phylogenetic trees inferred by maximum likelihood. The analysis by MEV-EDS identified 15 elements in fish tissues and parasites: Carbon (C), Nitrogen (N), Oxygen (O), Magnesium (Mg), Aluminum (Al), Silicon (Si), Phosphorus (P), Sulphur (S), Potassium (K), Calcium (Ca), Iron (Fe), Zinc (Zn), Chlorine (Cl), Copper (Cu) and Sodium (Na). In the acanthocephalans, the Ca, Mg and Si may be related to the high contraction capacity characteristic of these parasites. A comparison of the essential trace elements reinforced the dynamics of parasite-host interaction in nutrient uptake, where Si, Zn and Cu were more prevalent in the parasites while Mg, P, K, Ca and Fe were more significant in fish. Detection of Al, a non-essential element, in both acanthocephalans and fish, may be associated with regional environmental contamination. The acanthocephalans showed to be more sensitive in the detection of Zn and Cu and could be considered promising sentinels for environmental monitoring in the region.
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