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DissertaçãoDireito Autoral
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
03 Saúde e Bem-Estar16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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POLÍTICA DE SAÚDE INDÍGENA NO BRASIL: REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA
Política de Saúde
Assistência Integral à Saúde
Serviços de Saúde Comunitária
Sistema Único de Saúde
Índios Sul-Americanos
Martins, André Luiz | Data do documento:
2013
Título alternativo
Indian health policy in Brazil: reflections on the process of implementation of the subsystem the Indigenous HealthcareAutor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
No Brasil, tradicionalmente, a assistência à saúde à população indígena era realizada
pela igreja católica, por meio dos missionários. A primeira atuação do Estado no campo da
saúde indígena foi no início do século passado, quando se constituiu um aparelho estatal para
cuidar desses povos. A partir de então, fora se constituindo um sistema de saúde baseado num
modelo de ações esporádicas, emergenciais, ineficientes e de baixa cobertura. Com a
Constituição Federal, e a criação do Sistema Único de Saúde, ambos em 1988, foi
reconhecido o direito dos povos indígenas a um tratamento à saúde diferenciado. A criação do
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, por meio da Lei Arouca, em 1999, pretendeu
adequar os serviços e ações de saúde às necessidades de saúde da população indígena,
respeitando as especificidades étnicas e culturais. A Fundação Nacional de Saúde recebeu a
missão de estruturar uma rede de serviços básicos de saúde por meio da implantação de 34
Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Nesse contexto, esse estudo objetiva discutir a
atuação do Estado no campo das políticas de saúde indígena, a partir da primeira década do
século XX; apresentar o processo de implementação do subsistema, de 1999 a 2010; e analisar
os resultados da política de saúde indígena. Para tanto, optou-se por um estudo qualitativodescritivo no formato de ensaio. O ensaio é um estudo conceitual, teórico, discursivo e
concludente, que consiste em uma exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa.
Observou-se que, após doze anos de implementação, ainda que enfrentando dificuldades nos
campos da gestão e financiamento, o subsistema foi capaz de constituir uma rede ampla de
serviços de atenção primária à saúde nas terras indígenas, ampliando o acesso da população
indígena aos serviços terapêuticos, de promoção e prevenção à saúde, antes inacessíveis. No
entanto, os esforços empreendidos não foram suficientes para vencer as dificuldades de
oferecer serviços regulares, sistemáticos, diferenciados e integrais ao universo complexo e
dinâmico dos povos indígenas. A efetivação da descentralização e autonomia dos distritos,
bem como a regulamentação sobre as relações interfederativas (estados e municípios) ainda se
configuram como desafios importantes. Há, também, necessidade de se rediscutir e aprimorar
o modelo de atenção integral à saúde, fortalecer os mecanismos de gestão de pessoas e de
controle social, além de reorganizar o modelo de financiamento do setor.
Resumo em Inglês
In Brazil, traditionally, the health assistance to the indigenous population was held by the
Catholic Church, through the missionaries. The first role of the State in the field of indigenous
health was at the beginning of the last century, when it was a State apparatus to take care of
these people. From then on, off if a health system based on a model of sporadic actions,
emergency, inefficient and low coverage. With the Federal Constitution, and the creation of
the unified Health System, both in 1988, was recognized the right of indigenous peoples to a
health treatment. The creation of the subsystem of Indian health care, through the Arouca Law
in 1999, intended to adapt the health actions and services to the health needs of the indigenous
population, respecting ethnic and cultural specificities. The National Health Foundation
received the mission to structure a network of basic health services through the deployment of
34 Special Indigenous Health Districts. In this context, this study aims to discuss the role of
the State in the field of indigenous health policies, from the first decade of the 20th century;
present the implementation process of the subsystem, of 1999 to 2010; and analyze the results
of the Indian health policy. To this end, we opted for a qualitative descriptive study in test
format. The test is a conceptual, discursive, theoretical study and conclusive, that consists of
an exhibition and reflective logic and argumentation. It was observed that, after twelve years
of implementation, although struggling in the fields of management and financing, the
subsystem was able to establish a broad network of primary health care services in indigenous
lands, expanding the indigenous population's access to therapeutic services, health promotion
and prevention, before inaccessible. However, the efforts were not enough to overcome the
difficulties of regular, systematic services, differentiated and integral to the dynamic and
complex universe of indigenous peoples. The completion of the decentralization and
autonomy of districts, as well as the regulations on relations between the federated entities
(States and municipalities) still constitute as important challenges. There is also need to bring
and improve the model of integral attention to health, strengthen the mechanisms of personnel
management and social control, in addition to reorganize the sector model.
DeCS
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Assistência Integral à Saúde
Serviços de Saúde Comunitária
Sistema Único de Saúde
Índios Sul-Americanos
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