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ALOJAMENTO CONJUNTO ESPECIAL: UM ESTUDO SOBRE A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL E APOIO À AMAMENTAÇÃO EM TERESINA- PIAUÍ
Veloso, Lúcia de Fátima Garcia | Data do documento:
2003
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
A partir da adoção de práticas para a promoção do aleitamento materno e do treinamento profissional para obtenção do título de Hospital Amigo da Criança na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), em Teresina-Pi, foi observado que recém-nascidos prematuros egressos da UTI Neonatal, após longos períodos de internação afastados de suas mães, apresentavam alta prevalência de desmame precoce. Na tentativa de reduzir esse quadro de desmame precoce, em 1993, foi criado um modelo de assistência humanizada, denominado Alojamento Conjunto Especial(ACE), dando oportunidades de assistir a mulher, considerando fatores biológicos e culturais, com vista aos cuidados com o recém-nascido e à manutenção do aleitamento materno exclusivo. Assumindo o pressuposto que o ACE contribui para a redução o desmame precoce, elegeu-se como objeto de estudo identificar quais as contribuições desse modelo de assistência para reduzir o desmame precoce entre a clientela assistida na UTI Neonatal nos últimos anos, com os seguintes objetivos:(a) traçar um perfil histórico da criação e funcionamento do ACE na MDER; (b) descrever os resultados alcançados pelo ACE ao longo de sua existência. Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, no período de outubro de 1993 a março de 1998, em que os dados foram coletados dos livros de registros da Unidade Neonatal para a construção de um banco de dados (n=4488) e a partir daí a pesquisa se estendeu aos prontuários em busca daqueles que foram assistidos no Alojamento Conjunto Especial (n=1830). Foi traçado um perfil dos recém-nascidos utilizando as variáveis: destino, tempo de internação, peso, idade gestacional e tipo de alimentação utilizada na alta hospitalar. Os principais resultados observados foram: 99,67 por cento de aleitamento materno exclusivo; 0,29 por cento de não aleitamento. O estudo evidenciou que as prevalências foram fortemente influenciadas pela redução do tempo de internação na UTI Neonatal à medida que se promove o mais precoce possível o alojamento conjunto mãe-filho,estimulando o vínculo afetivo e a amamentação. Os resultados apresentados mostraram que a adoção de práticas que visam a redução do tempo de permanência do prematuro na incubadora e a presença da mãe na institutição para a continuidade do acompanhamento neonatal foram relevantes na contribuição dos índices de aleitamento materno.
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