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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35417
Tipo de documento
TeseDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
03 Saúde e Bem-EstarColeções
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ESTUDO DA IMUNIDADE À SALIVA DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS EM HAMSTERS: VACINAS DE DNA BASEADAS NA SALIVA DE L. LONGIPALPIS SÃO CAPAZES DE PROTEGER CONTRA LEISHMANIOSE VISCERAL
Leishmania (L) chagasi
Visceral leishmaniasis
Saliva
Lutzomyia longipaplis
DNA vaccine
Gomes, Regis Bernardo Brandim | Data do documento:
2006
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Resumo
O hamster (Mesocricetus auratus) tem sido bastante utilizado como modelo para o estudo da leishmaniose visceral (LV) causada pela Leishmania (L) donovani, Leishmania (L) infantum e Leishmania (L) chagasi. Entretanto, algumas características que reproduzem a biologia da transmissão natural das leishmanioses, como baixas doses de parasitas, a via de inoculação e, mais recentemente, a presença da saliva do vetor, não têm sido consideradas neste modelo. No presente trabalho, foram utilizados hamsters machos (3-4 meses de idade) inoculados por via intradérmica com 105 promastigotas de L. (L) chagasi na presença ou ausência de sonicado de glândula salivar (SOS) de L. longipalpis, estabelecendo-se a infecção parasitária com sintomas semelhantes aos observados na LV humana: hepatoesplenomegalia, hipergamaglobulinemia, caquexia e morte dos animais com 5 a 6 meses pós-infecção. Os parasitas foram detectados no sangue, baço e figado com 15 dias, 2 e 5 meses pós-infecção. A presença do SOS não altera a carga parasitária no baço e figado dos hamsters. Entretanto, foi observada uma expressão preferencial de TGF-β e IFN-y nos hamsters inoculados com parasita mais SOS durante o curso da infecção. Utilizando este modelo de infecção intradérmica em hamsters, quatro candidatos a vacinas de DNA que codificam proteínas salivares do vetor Lutzomyia longipalpis, selecionados a partir de dezesseis candidatos, foram avaliados quanto à sua capacidade de proteger os animais após um desafio com L. (L) chagasi mais SOS. Os plasmídios avaliados induziram a produção de anticorpos, hipersensibilidade tardia (DTH) ou ambas as respostas, contra a saliva total do vetor. O plasmídio que codifica uma proteína salivar de 61 kDa (LJLll) induz uma intensa resposta humoral anti-saliva, mas não foi capaz de proteger contra a infecção. Entretanto, a imunização com o plasmídeo que codifica uma proteína de 11 kDa (LJMI9) resultou exclusivamente em resposta de hipersensibilidade tardia e foi capaz de induzir proteção de longa duração com baixa carga parasitária, alta produção de IFN-y, baixa produção de TOF-β no baço e figado, além de alta concentração de NO no soro dos animais. Este resultado representa a primeira descrição de uma proteína salivar de L. longipalpis capaz de proteger contra a infecção por L. (L) chagasi e o seu efeito letal neste modelo. Estes resultados podem levar a novas abordagens para o controle da doença e à extensão desses ensaios de imunização a outros modelos animais importantes para a transmissão da LV, como por exemplo, o cão.
Resumo em Inglês
The golden hamster {Mesocricetus auratus) has been used as a model to study visceral leishmaniasis (VL) caused by Leishmania (L) donovani, Leishmania (L) infantum and Leishmania (L) chagasi. However, some features that reproduce the biology of natural transmission have not been considered on this model, such as low doses of parasites, route of inoculation and saliva from the vector. In this study, male hamsters 3 to 4 months old were used and animals were infected intradermally with 1x10^ L. (L) chagasi promastigotes from stationary axenic cultures, in the presence or absence of sand fly saliva. Under these conditions, we were able to reproduce the disease and to observe clinical signs very similar to those present in human VL, such as hepatosplenomegaly, hypergammaglobulinemia, cachexia and more importantly, a fatal course 5 to 6 months after the infection. The presence of parasites could be observed in the blood, spleen and liver of infected animals 15 days, 2 and 5 months after infection and the addition of vector saliva did not alter the parasite burden in these organs. However, we observed a preferential secretion of TGF-P and IFN-y during the infection course in hamsters inoculated with parasites plus vector saliva. Using the intradermal infection of hamster as a model of VL, we tested the protective ability against VL of four DNA plasmids which encoded L. longipalpis salivary proteins previously selected from 16 different constructs. The four plasmids induced either antibody production or delayed type hypersensitivity response (DTH) to vector saliva or both. A plasmid that encodes a 61 kDa protein (LLJLl 1) induced a strong antibody responses but did not protect hamster against L. (L) chagasi infection. However, a plasmid that encodes a 11 kDa protein (LJM19) induced a DTH response and a long lasting protection (at least eight months) in infected hamsters with low parasite load, high IFN-y expression, low TGF-P expression in the spleen and liver and high levels of serum nitric oxide. All animals from the immunized groups died five to six months after challenge, except the group that was immunized with LJM19. The present study is the first description of a sand fly salivary component able to protect against the fatal outcome of VL and it opens the perspective of extending these protocols to animals important to VL transmission such as dogs.
Palavras-chave em inglês
HamsterLeishmania (L) chagasi
Visceral leishmaniasis
Saliva
Lutzomyia longipaplis
DNA vaccine
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