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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35412
ASPECTOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS QUE MANIPULAM MOLUSCOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ/FIOCRUZ
Stuart, Arthur de Souza | Data do documento:
2016
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
incluem os laboratórios que manipulam moluscos de importância médica, nos quais os riscos ocupacionais são inerentes a diversas etapas. Essa pesquisa teve como objetivo traçar o perfil dos profissionais que manipulam molusco no Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e analisar a percepção dos mesmos com relação aos aspectos relacionados à biossegurança. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do IOC/Fiocruz. Após aprovação, um levantamento foi conduzido por meio do site do IOC com intuito de identificar os laboratórios que realizam pesquisa com moluscos de importância médica. Em seguida os profissionais foram contatados e responderam um questionário semi-estruturado, com perguntas abertas e fechadas. As entrevistas foram analisadas com base na proposta metodológica da multirreferencialidade. Identificamos cinco laboratórios que realizam pesquisa com moluscos de importância médica. Dezenove profissionais participaram da pesquisa e dentre eles, 68% era do gênero feminino, na faixa etária de 30 a 59 anos (26%), com mais de 20 anos de tempo de serviço (37%) e com cursos de especialização, mestrado e doutorado (62%). Todos manipulavam agentes biológicos patogênicos da classe de risco 2, com destaque para Schistosoma mansoni Sambon, 1907 (100%), assim como, moluscos do gênero Biomphalaria (100%) Os profissionais correlacionaram o termo biossegurança com riscos laboratoriais (89%) e mostraram aderir às práticas e atitudes \201Cbiosseguras\201D, no entanto, uma parcela pequena alegou não possuir capacitação para o uso desses equipamentos (16%). Com relação aos equipamentos de proteção coletiva a maioria informou fazer uso deles, porém não trabalhava em cabine de segurança biológica para manipular os agentes biológicos, mas sim em bancadas (100%), mesmo esse equipamento estando presente no laboratório (84%). Informaram ainda, que os laboratórios dispõem de diferentes documentos sobre biossegurança (100%), mas alguns profissionais nunca os consultaram (26%). A maioria dos profissionais segue as orientações dos manuais de biossegurança, porém alguns descumprem certas determinações. Todos os profissionais entrevistados participaram de capacitação em biossegurança, mas não se sentem preparados para lidar com uma situação emergencial (58%). Podemos concluir que os profissionais, apesar de apresentarem atitudes "biosseguras", ainda não estão totalmente conscientizados sobre os riscos a que estão expostos, sendo necessária a intensificação dos processos educativos na área de biossegurança.
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