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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34786
COLONIZAÇÃO DE MOSQUITOS VETORES DE DENGUE EM AMBIENTES NATURAIS NO RIO DE JANEIRO
Câmara, Daniel Cardoso Portela | Date Issued:
2014
Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Aedes aegypti (L.) é o principal vetor do dengue no Brasil e um dos mosquitos mais comuns encontrados em associação com o homem em diversos locais do mundo, especialmente nas Américas. No entanto, a invasão do Aedes albopictus (Skuse) fez com que esse mosquito também se tornasse bastante comum, coexistindo com o Ae. aegypti em muitas áreas. Ambos compartilham hábitos e possuem biologias semelhantes, competindo pelos mesmos criadouros. No Brasil, onde o dengue é alvo de enormes campanhas de saúde pública, faz-se necessário intensificar a vigilância entomológica desses vetores. Este trabalho verificou como se dá a colonização por culicídeos de criadouros artificiais dispostos em uma área de bosque urbano, sob a forma do monitoramento da produtividade de pupas. O trabalho foi realizado em uma área de cobertura vegetal, próxima a uma comunidade densamente povoada. Foram distribuídos, de maneira aleatória, 45 vasos de plástico escuros contendo 1 litro de água filtrada, os quais permaneceram 30 dias em campo, sem intervenção humana Recursos foram obtidos sob a forma de detritos que caíram naturalmente nos vasos, os quais permaneceram expostos à intervenção climática. Os vasos foram colonizados por quatro espécies de mosquitos: Ae. albopictus foi o mais abundante (524 pupas), seguido por Limatus durhamii (Theobald) (34 pupas), Ochlerotatus scapularis (Rondani) (30 pupas), enquanto Ae. aegypti foi o menos encontrado (4 pupas). A produtividade de pupas se manteve constante durante todo o período do estudo, e 9 dos 45 vasos foram colonizados por pelo menos duas espécies. Aedes albopictus ocorreu em 7 vasos com Li. durhamii, em 1 vaso com Oc. scapularis e em 1 vaso com Li. durhamii e Oc. scapularis. Também se observou um comportamento incomum de Oc. scapularis em colonizar recipientes artificiais. Os resultados apontam para a importância de manter vigilância em áreas naturais, uma vez que a produtividade de pupas de mosquitos de importância sanitária nesses locais pode passar despercebida pelas autoridades de saúde.
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