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DissertaçãoDireito Autoral
Acesso aberto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
01 Erradicação da pobrezaColeções
Metadata
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ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO MARANHÃO: RELAÇÕES COM VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E AMBIENTAIS
Maranhão
Série temporal
Fatores socioeconômicos
Analise fatorial
Maranhão
Series
Socioeconomic factors
Analysis factor
Esquistossomose / transmissão
Fatores Socioeconômicos
Fatores de Risco
Brasil / epidemiologia
Estudos de Séries Temporais
Análise Fatorial
Cantanhede, Selma Patrícia Diniz | Data do documento:
2010
Título alternativo
Schistosomiasis in Maranhao: relationship with socioeconomic and environmentalAutor(es)
Orientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
No Maranhão, a esquistossomose mansônica constitui-se num relevante problema de
origem bastante antiga. Sabe-se que, nesse estado, essa parasitose abrange atualmente 48
dos 217 municípios existentes. Entretanto, a escassez de publicações científicas acerca do
comportamento epidemiológico e das características relacionadas à sua transmissão no
estado, direciona a permanência do conhecimento insuficiente sobre tais aspectos. Nesse
sentido, esta dissertação propôs a realização de dois estudos epidemiológicos sobre a
esquistossomose mansônica no estado do Maranhão, Brasil, cujo objetivo consistiu em
analisar a tendência de casos da doença e identificar variáveis socioeconômicas e
ambientais associadas à transmissão e manutenção da doença nesse estado. Para o primeiro
estudo, realizou-se a tendência do percentual de casos positivos de esquistossomose
mansônica no Maranhão, entre 1997 e 2003, segundo as regionais de saúde desse estado
contempladas com as atividades do exercidas pelo Programa de Controle da
Esquistossomose (PCE). O método estatístico empregado foi a regressão polinomial.
Posteriormente, realizou-se um estudo ecológico, cujas unidades de análise
corresponderam aos 43 municípios do estado do Maranhão com ocorrência de
esquistossomose mansônica no período de 2000 a 2003. Os dados da doença foram obtidos
no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). Foram
selecionadas 22 variáveis relacionadas ao contexto socioeconômico e ambiental dos
municípios estudados. As variáveis selecionadas foram referentes às dimensões: ocorrência
da doença esquistossomose mansônica, saneamento básico, características do domicílio e
da população, educação, atenção básica à saúde e situação financeira. A técnica estatística
utilizada foi a análise fatorial com rotação varimax. Os resultados do primeiro estudo
demonstraram que as regionais de saúde de Bacabal e São Luís apresentaram tendência
decrescente e constante ao longo da série. A regional de Colinas demonstrou tendência de
incremento até o ano de 2002, com diminuição posterior do percentual de casos. Na
regional de Imperatriz observou-se tendência crescente e constante. Com relação ao
segundo estudo, foram obtidos cinco fatores que explicaram 80% da variância total do
modelo. Todos esses fatores apresentaram variáveis com cargas fatoriais entre > 0,40 ou <
-0,40. Os cinco fatores foram: consumo de serviços de assistência básica, vulnerabilidade
socioambiental, exposição ao agente transmissor, condições socioeconômicas e condições
associadas ao limite inferior de pobreza. Esses fatores explicaram, respectivamente,
46,8%, 12,6%, 9,5%, 6,1% e 4,9% da variância. Nosso estudo demonstrou que o registro
de dados, das regionais de saúde, referente período de 1997 a 2003 foi afetado pelas
modificações ocorridas devido à descentralização do PCE. Além disso, nossos resultados
nos levam a concluir que as questões relativas às características socioeconômicas são
bastante expressivas no estado do Maranhão, demonstrando a necessidade de melhorias
acerca das condições de vida da população. Quanto às unidades geográficas menores, nos
municípios observou-se que a manutenção do ciclo de transmissão da esquistossomose
mansônica relaciona-se com os fatores encontrados, sendo que alguns deles possuem maior
peso de explicação quanto à variabilidade de distrbuição dessa parasitose. Consumo de
serviços de assistência básica e Vulnerabilidade socioambiental são os fatores que melhor
sumarizam e auxiliam na interpretação da situação eco-epidemiológica da doença nesses
municípios. Nosso trabalho revela a necessidade de intervenção para a redução de
transmissão da doença no estado, o que devem ser avaliados quanto ao carater de
prioridade para a tomada de decisão nas estratégias de controle.
Resumo em Inglês
In Maranhão, the schistosomiasis constitutes a relevant problem by very ancient origin. It
is known that in this state, this parasitic disease currently encompasses 48 of the 217
existing municipalities. However, the scientific publications scarcity on epidemiological
and behavioral characteristics related to its transmission in the state, directs the
permanence of insufficient knowledge about such aspects. In that sense, this dissertation
proposed the holding of two epidemiological studies on schistosomiasis mansoni in
Maranhão, Brazil, whose aim was to analyze trends in the cases of the disease and to
identify socioeconomic and environmental factors associated with transmission and
maintenance of disease. For the first study, the trend in the percentage of positive
schistosomiasis cases, between 1997 and 2003, according to the regional state health dealt
with the activities performed by the Schistosomiasis Control Program (PCE). The
statistical method used was regression. Later, there was an ecological study the units of
analysis corresponded to the 43 municipalities related to schistosomiasis occurrence, from
2000 to 2003. Disease data were obtained from the Information System for
Schistosomiasis Control Program (SISPCE). We selected 22 variables related to
socioeconomic and environmental cities context. The variables selected were related to the
dimensions: the schistosomiasis occurrence, sanitation, household characteristics and
population, education, basic health care and financial situation. The statistical technique
used was factor analysis with varimax rotation. The results of the first study showed that
the regional health Bacabal and São Luís showed a downward trend and constant
throughout the series. The regional of Colinas showed up trend increasing to the year 2002
and subsequent decrease in the percentage of cases. In Imperatriz regional was observed an
increasing trend. Regarding the second study, we isolated five factors that explained 80%
in total variance of the model. All these factors were variables with factor loadings of>
0.40 or <-0.40. The five factors were: primary care services consumption and social,
social and environmental vulnerability, exposure to the transmitting agent, and
socioeconomic conditions associated with the lower limit of poverty. These factors
explained respectively 46.8%, 12.6%, 9.5%, 6.1% and 4.9% of variance. Our study showed
that the data record, the health regions, covering from 1997 to 2003 was affected by
changes occurred due to the decentralization of PCE. Moreover, our results lead us to
conclude that issues relating to the socioeconomic characteristics are very significant in
Maranhão, demonstrated the need for improvement of life conditions. As for smaller
geographic units, municipalities, we observed that keeping the schistosomiasis cycle
transmission is related to the identified factors, some of which have great weight to the
explanation of the variability of this disease distribution. Primary care services
consumption and social and Social and environmental vulnerability are the factors that best
summarize and assist in the interpretation of eco-epidemiological situation of the disease in
these municipalities. Our work suggests the need for intervention to reduce disease
transmission in Maranhão, which should be evaluated to the character of priority for
decision making on control strategies.
Palavras-chave
Esquistossomose mansônicaMaranhão
Série temporal
Fatores socioeconômicos
Analise fatorial
Palavras-chave em inglês
Schistosomiasis mansoniMaranhão
Series
Socioeconomic factors
Analysis factor
DeCS
Esquistossomose / epidemiologiaEsquistossomose / transmissão
Fatores Socioeconômicos
Fatores de Risco
Brasil / epidemiologia
Estudos de Séries Temporais
Análise Fatorial
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