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MARCADORES IMUNOISTOQUÍMICOS DE CÉLULAS B NO DIAGNÓSTICO DE LINFOMA DE HODGKIN
Differential diagnose
Immunohistochemistry
B lymphocytes
Sousa, Jorge Rabelo | Data do documento:
2003
Autor(es)
Orientador
Membros da banca
Afiliação
Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.
Resumo
Estudos moleculares têm demonstrado que as células malignas dos linfomas de Hodgkin (LH) são derivadas de células B. Entretanto, apenas uma pequena parte das células neoplásicas destes linfomas expressa antígenos de diferenciação linfóide B. De acordo com o imunofenótipo, a Organização Mundial de Saúde (OMS), classificou os LH em dois grupos: o LH clássico (CD30+, e CD20+/-), compreendendo 4 subtipos (celularidade mista, esclerose nodular, depleção linfocítica e rico em linfócitos) e o LH predominância linfocitária (LHPL) (CD30-, CD20+, BOB.1 + e Oct-2+). Assim, a imunofenotipagem tornou-se indispensável para classificar os LH e para realizar o diagnóstico diferencial do LH com outras entidades, como o linfoma anaplásico de grandes células (LACG), o qual exibe aspectos semelhantes à depleção linfocítica do LH. Estudar a utilidade de marcadores de célula B, no diagnóstico diferencial entre os subtipos do LH clássico e LHPL e LH e LACG. Foram estudados 109 casos consecutivos de LH em crianças até 16 anos, inclusive, diagnosticados entre 1973 e 2002 no Hospital Martagão Gesteira - Salvador/Ba. Os critérios de exclusão foram: insuficiência de material para imunohistoquímica e casos de recidiva. Foram utilizados os seguintes marcadores: CD20, BSAP, Oct-2, BOB.1, CD30, CD15 e ALK-1. Os casos de LH ocorreram predominantemente no sexo masculino (78%) com idade abaixo de 10 anos (67%). Dos 109 casos, 93 apresentaram o fenótipo clássico, 14 fenótipo LHPL, um LACG e um não classificado. Entre os LH clássicos, o subtipo mais comum foi celularidade mista (59,1%), seguido por esclerose nodular (35,5%), depleção linfocítica (4,3%) e rico em linfócitos (1,1 %). A expressão de marcadores de célula B foi observada em apenas parte das células neoplásicas em 84 casos (90,3%) com fenótipo clássico, dos quais 18 foram positivos para CD20 e 66 para BSAP. Em contraste, nos casos de LHPL todas as células neoplásicas foram positivas para marcadores de célula B. Todas os casos de LHPL co-expressaram BOB.1 e Oct-2 nas células tumorais. Em nove casos CD30 positivos, as células tumorais foram negativas tanto para marcadores linfóides B quanto para a proteína ALK-1. Embora o imunofenótipo não tenha permitido o diagnóstico diferencial nestes casos, a morfologia era compatível com o LH. A imunohistoquímica é indispensável para o diagnóstico diferencial entre o LH clássico e o LHPL. Este método também contribui para o diagnóstico diferencial entre o LH e LACG, porém uns poucos casos permanecem na "zona cinza", pois os anticorpos disponíveis não permitem o diagnóstico diferencial entre estas entidades. Em tais casos, a conjunção de morfologia, imuno-histoquímica e achados clínicos são indispensáveis para um diagnóstico conclusivo.
Resumo em Inglês
Molecular analysis has demonstrated that, in almost all cases of Hodgkin's Lymphoma (HL), the malignant cells derived from a clonal B cell. However, only some of the cases express surface B- cell antigen. According to the phenotype two groups of HL were recognized by the WHO: the classic (CD30+, CD20+/-, Oct-2+ or B0B.1+) comprising four subtypes and the lymphocyte predominance HL (LPHD) (CD30-, CD20+, Oct-2+, B0B.1+). LPHL has been recognized as a distinct entity occurring in adults with diverse clinic features. Immunophenotyping is important for the differential diagnosis between classic HL and LPHL and for differential diagnosis of HL versus anaplastic large cell lymphoma (ALCL) which may present similar morphology. To evaluate the use of B cell markers by immunohistochemistry in the differential diagnose of classic HL subtypes and LPHL and HL ALCL. 109 consecutive cases of HL in children, diagnosed between 1973 and 2002 in the Hospital Martagão Gesteira were studied. Exclusion criteria were: insufficent tissue for IHC, recidivated cases and age above 16. B-cell markers (CD20, BSAP, OCT-2, B0B.1), CD30, CDl 5 and ALK were used for immunohistochemistry. The HL cases occurred predominantly in males (78%) below 10 years old (67%). Of 109 cases, 93 were classic HL phenotype, 14 LPHL and one case was an ALCL. Among classic HL the most common subtype was mix cellularity (59,1%), followed by nodular sclerosis (35,5%), lymphocyte depletion (4,3%) and lymphocyte rich (1,1%). The expression of B-cell markers in tumor cells could be observed in 84 cases of classic phenotype (90,3%), of which 18 cases positive for CD20 and 66 for BSAP. In contrast to LPHD cases which all tumor cells were positive for B-cell markers, in classic HL this expression was seen in variable amount of tumor cells, but never in all cells. All LPHL cases co-expressed bob-1 and oct-2 in tumor cells. In seven CD30 positive cases, the tumors cells were negative for B-cells markers and for ALK-protein. Although the phenotype did not permitt the differential diagnosis with ALCL in these cases, the morphology was compatible with HL. Immunohistochemistry is indispensable to the differential diagnosis between classic HL and LPHL. It also contributes relevantly for the differential diagnosis between HL and ALCL, but a few cases remain in the called “gray zone", were the available antibodies do not allow for a distinction between these entities. In such cases the conjunction of morphology, immunohistochemistry and clinical findings should provide a conclusive diagnoses.
Palavras-chave em inglês
Hodgkin's lymphomaDifferential diagnose
Immunohistochemistry
B lymphocytes
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