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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30462
HANSENÍASE EM POPULAÇÕES INDÍGENAS DO AMAZONAS, BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NOS MUNICÍPIOS DE AUTAZES, EIRUNEPÉ E SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (2000 A 2005)
Alternative title
Leprosy in indigenous populations of Amazonas State, Brazil: an epidemiological study in the counties of Autazes, Eirunepé and São Gabriel da Cachoeira (2000 to 2005)Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil / Universidade Federal de Roraima. Boa Vista, RR, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação de Dermatologia e Venereologia Alfredo da Matta. Manaus, AM, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil / Universidade Federal do Amazonas. Manaus, AM, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação de Dermatologia e Venereologia Alfredo da Matta. Manaus, AM, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil / Universidade Federal do Amazonas. Manaus, AM, Brasil.
Abstract in Portuguese
O Estado do Amazonas, Brasil, apresentou, em 2005, coeficientes hiperendêmicos de detecção de hanseníase e prevalência de média endemicidade. O estado detém a maior população indígena no país, mas inexistem informações sobre o perfil da hanseníase nesses grupos. O estudo objetivou a descrição e análise das características epidemiológicas das notificações de hanseníase nos municípios de Autazes, Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira, comparando achados entre indígenas e não indígenas, segundo variáveis de interesse. Foram analisados os casos notificados no SINAN, no período de 2000 a 2005. Do total de 386 casos notificados, verificaram-se coeficientes médios de detecção de 3,55, 14,94 e 2,13/10 mil (entre os não indígenas) e de 10,95, 1,93 e 0,78/10 mil (para os indígenas), para Autazes, Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira, respectivamente. Houve predomínio de casos paucibacilares em indígenas e em não indígenas, no entanto, a forma dimorfa representou 1/3 das notificações. Apesar das limitações de cobertura e do sub-registro, os achados sugerem que a hanseníase representa importante problema de saúde pública para os indígenas no Amazonas. A classificação segundo "raça/etnicidade" se constituiu em ferramenta útil para elucidar desigualdades em saúde.
Abstract
In 2005, Amazonas State, Brazil, showed hyperendemic leprosy detection coefficients and prevalence with medium endemicity. Although this State has the largest indigenous population in Brazil, there are no data on the leprosy profile in these groups. This study aimed to describe and analyze the epidemiological characteristics of leprosy case reporting in the municipalities (counties) of Autazes, Eirunepé, and São Gabriel da Cachoeira, comparing indigenous and non-indigenous findings according to target variables. A total of 386 cases reported to SINAN from 2000 to 2005 were analyzed. Mean detection rates were 3.55, 14.94, and 2.13/10,000 (among non-indigenous) and 10.95, 1.93, and 0.78/10,000 (among indigenous peoples) in Autazes, Eirunepé, and São Gabriel da Cachoeira, respectively. Paucibacillary cases predominated among both indigenous and non-indigenous populations; however, dimorphous cases represented one-third of notifications. Despite coverage limitations and underreporting, the findings suggest that leprosy is a major public health problem for indigenous populations in Amazonas State. Classification according to race/ethnicity has been a useful tool for solving health inequalities.
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