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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30013
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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O LUTO ANTECIPADO DIANTE DA CONSCIÊNCIA DA FINITUDE: A VIDA ENTRE OS MEDOS DE NÃO DAR CONTA, DE DAR TRABALHO E DE MORRER
Alternative title
The anticipated grieving before the awareness of finitude: life and the fear of "not being able to cope," "giving too much trouble" and dyingAffilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento. Belo Horizonte, MG, Brasil
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Abstract in Portuguese
Em suas práxis, os profissionais de saúde são forçados a lidar com os lutos do paciente, da família e da equipe, mas para uma pessoa idosa, o luto antecipado devido a doenças e a consciência da finitude podem ser tão perturbadores quanto a morte efetiva de alguém. O presente trabalho objetiva compreender o luto antecipado, percebido na interação entre a velhice e os processos saúde-doença e incapacidade, na visão de idosos da comunidade diante da própria finitude. Este estudo etnográfico observacional, realizado com 57 idosos assistidos pela Estratégia Saúde da Família, teve a coleta e a análise de dados guiadas pelo modelo de signos, significados e ações, em entrevistas semiestruturadas, emergindo como categorias finais: experiências da morte em vida; experiências dos idosos na atenção à saúde; consciência da finitude e lutos antecipados que tiram o sentido da vida. Para a cultura local a velhice é uma doença; incapacidade é "não dar conta" de fazer atividades cotidianas e "dar trabalho" aos outros é pior do que morrer. Quanto mais velhos, mais lutos e perdas - antecipados e reais; maior a consciência da própria finitude; realidade que tem sido negligenciada na atenção à saúde. Compreender essa questão é crucial para um cuidado humanizado e integral da pessoa idosa e das famílias.
Abstract
In their praxis, health professionals must deal with the grieving of patient, family and staff, but for the elderly anticipated grieving due to disease and the awareness of finitude can be as disturbing as the actual death of someone. This paper seeks to understand anticipated grieving in the interaction between old age and health-disease and disability processes from the viewpoint of the elderly in the community faced with their own finitude. This observational ethnographic study was conducted with 57 elderly people assisted by the Family Health Strategy. The collection and analysis of data in semi-structured interviews was based on the model of signs, meanings and actions. The final categories that were revealed were: experiences of death while alive; experiences of the elderly in health care; awareness of finitude and anticipated grieving that negate the meaning of life. In local culture aging is a disease, disability is "being unable to cope" with everyday activities, and "giving too much trouble" to others is worse than dying. The older they are, the greater the anticipated and real grieving and loss and awareness of finitude, which have been neglected in health care. Understanding this question is crucial for comprehensive and humane care of the elderly and their families.
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