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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25253
Tipo de documento
DissertaçãoDireito Autoral
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ANÁLISE DA ATIVIDADE SEXUAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS SERVIÇOS DE PRÉ-NATAL DE DUAS MATERNIDADES PÚBLICAS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO
Bertoldo, Luiza Dalcin | Data do documento:
2016
Autor(es)
Orientador
Coorientador
Afiliação
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Resumo
Trata-se de um estudo transversal com o objetivo de avaliar as mudanças na atividade sexual de mulheres durante a gestação. Para isso, comparou-se como as participantes relataram exercer e perceber a atividade sexual no período antes da gestação e no trimestre gestacional que estavam no momento da entrevista. Metodologia: Foi aplicado o Questionário de Sexualidade na Gestação (QSG) e um segundo questionário fechado sobre os motivos da alteração da atividade sexual na gestação para 80 gravidas (20 no primeiro trimestre gestacional, 29 no segundo e 31 no terceiro) atendidas em dois serviços de pré-natal do Rio de Janeiro. Resultados: No período gestacional, observou-se uma diminuição na frequência de atividades sexuais, das práticas sexuais, além da diminuição da intensidade do desejo sexual, da excitação sexual, dos orgasmos e diminuição da satisfação sexual. Também houve redução da sensação de prazer em determinadas práticas sexuais, com diminuição da quantidade de posições sexuais adotadas. Quanto à percepção das gestantes, houve diminuição da importância atribuída à atividade sexual, do gosto pela atividade sexual e da satisfação sexual, além de piora da vida sexual durante a gestação. As mulheres no terceiro trimestre de gestação foram as que relataram mais alterações. O motivo mais comumente citado da piora na atividade sexual foi indisposição física/cansaço da mulher nesse período. Dor/desconforto e falta de vontade foram motivos também bastante relatados e insegurança/medo de realizar atividade sexual, principalmente medo de machucar o bebê ou de antecipar o parto, foi relatado por pelo menos 25% das mulheres. A maioria das mulheres não havia conversado com um profissional da saúde sobre sexualidade, nem antes nem durante a gestação. Considerações finais: Houve, no geral, uma diminuição da atividade sexual durante a gestação, acompanhada de uma percepção de piora da vida sexual. Diversas formas de dores e desconfortos ao realizar atividade sexual poderiam ser amenizadas com devido tratamento e orientação profissional, o que mostra a necessidade de atenção no pré-natal a essa questão. Além disso, ainda persistem nas mulheres medos e insegurança de realizar atividade sexual durante esse período, os quais poderiam ser sanados por meio de uma orientação adequada pelos profissionais de saúde. O fato de que a grande maioria das mulheres não conversou sobre este tema com esses os profissionais evidencia a necessidade de prepara-los para essa abordagem no pré-natal.
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